“Imagina sem a Copa”: há razões para otimismo em 2014
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O bordão que sugere caos em 2014, “imagina na Copa”, mostra um pessimismo que não corresponderá ao sucesso do Mundial no Brasil, defende o publicitário Nizan Guanaes no EXAME Fórum
O brasileiro já se acostumou com o bordão “imagina na Copa”, já integrado às dificuldades do cotidiano. Ouve-se a frase no trânsito ou em uma fila no aeroporto. Os cidadãos têm inúmeros exemplos de como os gargalos brasileiros podem chegar ao ápice em 2014. Mas o empresário e chairman do Grupo ABC, Nizan Guanaes, afirma que o derrotismo da expressão esconde que Copa de 2014 será bem sucedida. “Imagine sem a Copa”, é o bordão que o publicitário, que preside um dos 20 maiores grupos de marketing do mundo, que popularizar. Guanaes participou hoje do EXAME Fórum sobre os negócios da Copa de 2014.
Segundo ele, o Brasil apressou uma série de investimentos que não ocorreriam não fosse o mundial.
Embora com ressalvas, outros envolvidos com os negócios que a Copa trará ao país compartilham da opinião do publicitário: de que a situação tem parecido por vezes pior do que realmente é.
“Em termos de hotelaria, estamos razoavelmente otimistas”, disse o diretor-geral da Accor na América Latina, Roland de Bonadona. Segundo o diretor do grupo hoteleiro dono de redes como Ibis e Mercure, o movimento da Copa deverá corresponder a 80% dos leitos na época dos jogos.
A situação não será catastrófica porque, segundo constatação da Accor, ninguém mais faz eventos no mesmo mês do Mundial, o que deverá evitar uma situação mais vexaminosa para a rede hoteleira.
O líder do Programa Copa da Ernst Young, Marcos Nicolas, acredita que em vários aspectos o Brasil está melhor que a África do Sul. O sistema de telecomunicações lá era ainda pior que o brasileiro às vésperas da Copa.
“Na Copa das Confederações de lá (África do Sul) não se falava no celular. Quando tocava, caía. O nosso é muito melhor que o deles. Esse é um legado que acho que vamos ter”, disse o executivo.
Para o publicitário Nizan Guanaes, o fato do Brasil sediar enormes festas como o Carnaval - em várias capitais brasileiras - indica que o Copa será um belo evento. “(A Copa) Está dentro de áreas fortes do Brasil”, defendeu Guanaes.
Mas para o diretor-executivo da Rede Accor, Roland de Bonadona, o país precisa criar com competência um plano de gestão de crise e definir desde já medidas para suavizar os gargalos brasileiros, como os congestionamentos. Uma das medidas, por exemplo, seria deixar funcionários adotarem o home office durante os jogos, tal qual feito em Londres nas últimas Olimpíadas.
Em debate no EXAME Fórum, no entanto, o grupo de especialistas mostrou acreditar que há possibilidade de problemas não previstos estragarem a festa do Mundial. Um exemplo de como certos descuidos podem atrapalhar toda o evento foi o sorteio da Copa das Confederações, na semana passada.
"Na cerimônia da Copa da Confederações, foi tudo muito bem feito. E o que foi ao ar foi uma confusão na hora do sorteio. Tudo que foi organizado quase se perde por uma execução errada na hora do sorteio”, adverte o executivo Marcos Nicolas, lembrando que o otimismo pode ser uma boa arma para um belo evento, mas que abandonar um rígido esquema de operacionalização da Copa pode custar caro ao país.
Portal Exame / M.V
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