Diretor do Corinthians anuncia mudanças no marketing do time
Brasil - Mercados - Mudanças no Timão
Foto: Reuters
O Corinthians anuncia hoje (16) à imprensa e ao mercado novidades em sua área comercial e de marketing. Entre as notícias, a ampliação e reformulação do programa Fiel Torcedor.
À EXAME.com, o novo diretor de marketing do clube, Marcelo Passos (vice-presidente de atendimento da agência DM9DDB), adiantou algumas novidades e falou mais sobre o projeto em torno da marca Corinthians na nova gestão.
EXAME - O que mudará no programa Fiel Torcedor do Corinthians?
Marcelo Passos - A melhora do programa Fiel Torcedor é essencial para a geração de receita para o clube. Uma coisa era o programa com o Estádio do Pacaembu. Já com a Arena Corinthians, precisamos adaptar o programa.
É um projeto bem sucedido, mas que precisa ser ampliado. Já adianto que o atual sócio-torcedor não será impactado, ou seja, não vai perder benefícios ou pagar mais pelo programa.
Vamos, sim, criar duas novas categorias. Atualmente, existem "Meu amor", "Minha história" e "Minha vida". Criaremos a "Minha nação", que passará a ser a mais cara. Quem comprar uma cadeira na Arena Corinthians automaticamente se tornará um sócio desse pacote.
E criaremos a "Minha paixão", voltada principalmente para quem não é de São Paulo e não consegue ir ao estádio toda semana ou todo mês. Com apenas nove reais por mês, o torcedor terá acesso a vários benefícios.
Ainda migraremos, aos poucos, as mais de oitenta empresas parceiras da ação "República Popular do Corinthians" para o Fiel Torcedor. Ou seja, em breve o corintiano terá acesso a mais benefícios e descontos.
Por fim, queremos transformar a experiência com o clube. O sócio-torcedor terá experiências que dinheiro não compra: acesso aos treinos e aquecimentos, visitas aos bastidores da arena e ao centro de treinamento, participação nas coletivas de imprensa.
O programa de sócio-torcedor será a prioridade da sua gestão no Corinthians?
Será uma das prioridades ao lado de outros dois planos: projeto da venda de cadeiras e camarotes e a questão das propriedades do clube. Já vamos começar a negociar a venda de cadeiras para pessoas físicas e de camarotes para as empresas, por exemplo.
E vamos esclarecer às marcas e empresas todas as possibilidades de negócios envolvendo o clube e o estádio. Como elas podem participar das redes sociais do clube. Ou como elas podem anunciar dentro da Arena Corinthians.
Há muitos "representantes do Corinthians" espalhados pelo mercado, mas minha gestão deixará claro: há um único responsável pela venda da marca Corinthians e esse responsável é o próprio clube. Sou eu e minha equipe trabalhando o dia todo para valorizar o nome do time. Garanto que vamos entregar aos parceiros o que for prometido.
O que muda no marketing do clube na sua gestão?
A primeira coisa que fiz foi pedir ao presidente para mudar o nome do Departamento de Marketing para Departamento Comercial de Marketing. Porque aqui fazemos negócios, vendemos coisas, geramos receita.
Além disso, vejo a necessidade de sermos mais pró-ativos, buscarmos novas fontes de receita. Não dá para esperar sentado o dinheiro entrar. O marketing do clube tem a obrigação não só de cuidar do valor da imagem do Corinthians, mas de gerar receita.
Para isso, precisamos de tempo e paciência. Temos uma ótima base vinda do trabalho do Mário Gobbi e do Izael Sinem Júnior. Agora é ampliar o trabalho.
Para o Corinthians renovar com o Guerrero, parece que o departamento de Marketing terá um papel fundamental na busca por esse dinheiro. É isso mesmo?
Como disse, o marketing precisa gerar receita e, com isso, ajudará nas outras áreas do clube. Para gerar a receita necessária para pagar jogadores, o Guerrero incluso, é preciso focar na bilheteria, no programa de sócio-torcedor e na busca de novos parceiros e patrocinadores. Estamos trabalhando para melhorar a receita nesses três campos.
O Corinthians comprou os direitos do nome "Itaquerão", já que muita gente chama o estádio dessa maneira. Preferiu ser dono logo de uma vez do apelido. Mas a Arena Corinthians, nome oficial, ainda não fechou a questão dos naming rights, que se fala desde antes da Copa e a construção do estádio. Em que pé estão essas negociações?
O nome oficial é Arena Corinthians e insistimos nesse nome. "Itaquerão" às vezes pode soar pejorativo.
Sobre a negociação dos naming rights, é demorado mesmo. Envolve muito dinheiro, um tempo longo de contrato, precisa ganhar a aprovação de muita gente. Daí a indefinição. Mas adianto que, além dos nomes citados desde a época da Copa do Mundo pelo Andrés Sanchez, estamos trabalhando com três novas possiblidades.
Quem é a grande inspiração do Corinthians lá fora quando se fala em negócios? Há algum time europeu que serve de exemplo para vocês?
Podemos pegar exemplos lá fora, mas precisamos adaptar tudo à nossa realidade. E temos talento para, no futuro, sermos melhor que os clubes europeus. O Corinthians tem a marca mais valiosa entre os times brasileiros e vamos trabalhar nos próximos anos para torná-la uma das mais valiosas do mundo e superar os europeus.
Você, em agências de publicidade, já trabalhou com marcas e produtos de todos os tipos. Qual o principal desafio quando a marca ou produto é um time como o Corinthians?
Aqui preciso separar paixão e profissão. Sou corintiano, mas na hora de trabalhar preciso desligar o lado torcedor e focar no profissional, focar na técnica para trazer o melhor para o clube.
Guilherme Dearo/EXAME/JE
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