Os sentimentos escondidos por trás da máscara em 'Frank'
Brasil - Entretenimento - Comédia Agridoce
Foto: GQ
Michael Fassbender já tinha alguns anos de carreira quando se tornou conhecido do público, graças a filmes como X-Men: Primeira Classe, Shame e 12 Anos de Escravidão (que lhe rendeu indicação ao Oscar). Mesmo com a fama, o ator continuou se arriscando em projetos ousados como Frank, de Lenny Abrahamson, comédia agridoce que estreia no Brasil nesta quinta-feira (16). No filme, ele aparece com uma cabeça gigante feita de papel machê, escondendo o rosto a maior parte do tempo.
Ao contrário do que possa parecer, Frank não tem o objetivo de provocar risos. O longa é uma metáfora que confronta a fama e o isolamento que ela (e o mundo moderno) impõe.
Na trama, Jon Burroughs (Domhnall Gleeson) é um jovem que leva uma vida sem grandes emoções, e sonha ser um músico de sucesso. Um dia ele cruza o caminho da banda indie Soronprfbs, e acaba sendo convidado para gravar um novo CD com o grupo, na Irlanda.
Durante a gravação do disco, Jon aprofunda a relação com os outros integrantes, especialmente o líder da banda, Frank (Michael Fassbender), um sujeito tão brilhante quanto angustiado, que está sempre usando uma grande cabeça de papel. Jon vai fazer de tudo para que a Soronprfbs (e ele mesmo) se torne um sucesso. Mas Frank vai se questionar se quer mesmo que o mundo descubra quem ele é.
Inspirado no personagem Frank Sidebottom, do músico e comediante Chris Sievey, assim como em outros outsiders como Daniel Johnston e Captain Beefheart, Frank foi destaque nos festivais de Sundance e do Rio do ano passado.
O curioso personagem-título é defendido com bravura por Michael Fassbender, que consegue uma atuação memorável baseada em entonação de voz e linguagem corporal. Fica difícil imaginar outro ator que, sem mostrar o rosto, conseguisse imprimir tanta personalidade a Frank.
Além de Fassbender, os outros atores também conseguem dar suporte à trama, com destaque para o ótimo Domhnall Gleeson e Maggie Gyllenhaal, que vive a rabugenta Clara. O roteiro acerta aos mesclar situações bizarras com a linguagem da internet (Jon é aficionado pelo Twitter), aproximando a história da realidade.
A trilha sonora também brilha – como não poderia deixar de ser em um filme sobre uma banda indie. As músicas foram gravadas pelos próprios atores, e vale ficar atento a sequência final onde I Love You All, interpretada por Fassbender, dá o tom melancólico que permeia o filme.
No melhor estilo "festa estranha com gente esquisita", Frank é um filme pouco convencional, que funciona por apresentar o dueto fama-solidão de forma original. E que ainda mostra que um ator como Michael Fassbender não precisa mostrar o rosto para provar seu talento.
GQ/JE
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