Para atrair investimentos, não bastam políticas pontuais
Brasil - Política - Dirigindo um País
Foto: FGV Notícias
Os sinais de que o ajuste fiscal tardará mais que o esperado para mostrar resultados não elimina a responsabilidade de se definir o quanto antes a economia e a indústria que se quer para o país — depois de concluída a fase de correção.
Essa é a visão de Pedro Luiz Barreiro Passos, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), que defende a urgência de uma direção de longo prazo que guie os investimentos, bem como uma mudança no perfil da indústria brasileira, que permita maior inserção internacional.
Para isso, o empresário advoga uma política que foque em melhorar a produtividade da economia com um todo, evitando políticas pontuais.
“É preciso deixar que cada setor ganhe musculatura. Pode-se apoiar quem está buscando essa vitalidade, mas não criar um pronto-socorro para quem não está se dando bem”, afirma em entrevista exclusiva para a edição de abril da revista Conjuntura Econômica, do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre), em breve nas bancas.
No caso das cadeias produtivas, Passos acredita que o caminho é uma desoneração na base. “Hoje os recursos, os insumos das cadeias produtivas já estão saindo a um preço mais alto que o padrão internacional. O início das cadeias com preços competitivos já ajudaria a estruturar a produção e ganhar mais competitividade. A sinalização que queremos é a de que teremos esse tipo de direção e sairemos de políticas pontuais que não têm se mostrado efetivas para resolver problemas”, afirma.
Para ele, essa sinalização, atrelada a uma política de inserção, mobiliza os investimentos para a construção de uma indústria exportadora.
“É preciso desonerar a base das cadeias para construir essa competitividade. E quando a gente sinaliza essa inserção, vai mobilizando os investimentos das empresas no sentido de buscar essa competitividade internacional”, declara.
O presidente do Iedi também acredita que o processo que o país está vivendo colaborará para uma gestão mais transparente das contas públicas. Segundo ele, há sinais de recomposição da transparência que de alguma forma foi perdida num passado mais recente.
“Isso é importante, pois alinha as expectativas e a confiança. Nesse contexto, uma má notícia até pode se converter em boa, porque dada na hora certa ajuda a construir confiança. Pense: o que é pior: o déficit público, que acabou aparecendo depois de dez anos em si, ou a maquiagem? Eu acho que é a maquiagem”, completa. A entrevista completa pode ser conferida na edição de abril da revista Conjuntura Econômica.
FGV/JE
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