Pezão diz que mais de 1,8 mil policiais foram expulsos desde 2007 no RJ
Brasil - Polícia - Histórico de Expulsão
Foto: G1 João
Mais de 1.800 policias foram expulsos das polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro desde janeiro de 2007, início do governo Sérgio Cabral. A afirmação foi feita na manhã desta segunda-feira (6) pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), em entrevista à rádio CBN. Segundo ele, sempre que forem constatados desvios de conduta por parte de policiais militares, os mesmos serão punidos.
“Quando o policial errou e erra, a gente nunca deixou de cortar na carne. Infelizmente, foram mais de 1.800 policias que nós já mandamos embora. E se aparecer o culpado, se for policial, infelizmente a gente tem que cortar na carne”, afirmou Pezão.
Segundo a assessoria da Polícia Militar, 1.665 PMs foram expulsos da corporação desde 2007. Em 2007 foram 201 policiais expulsos, 218 em 2008, 300 em 2009, 85 em 2010, 151 em 2011, 292 em 2012, 201 em 2013, 129 em 2014 e 88 até 31 de março de 2015. De acordo com a Polícia Civil, 202 policiais foram expulsos entre os anos de 2007 e 2013.
Pezão promete bases fixas para UPPs
Durante a entrevista, o governador falou também sobre a instalação de bases fixas para as UPPs. Neste domingo, o Fantástico exibiu uma reportagem mostrando as péssimas condições de trabalhos nas UPPs, já que muitas unidades funcionam em contêineres e desde que foram instalados não passaram por muita manutenção.
“Agora, segurança pública vai ser emergência, depois é mais um processo, menos um, infelizmente, a gente já responde mesmo, eu não vou é pecar pela omissão. Estou determinando que seja emergência e a gente faça as bases definitivas, porque se eu ficar esperando título de propriedade, registro de imóveis, licença ambiental, eu vou ficar esperando o resto da vida e o policial trabalhando em condições precárias como está lá", garantiu.
Outra reclamação foi sobre a falta de preparo de muitos policiais que estão nessas unidades. “Eu cansei de subir o morro sem conhecer nada. Eu nunca tinha passado ali perto”, conta um policial. “A polícia não tem fuzil. Não tem fuzil para todo mundo”, denunciou outro PM.
Nos últimos dois anos, cerca de mil PMs procuraram o Ministério Público para denunciar as condições de treinamento e de trabalho. As reclamações levaram uma promotora a pesquisar a rotina dos PMs, começando pelas UPPs.
Redução do índice de homicídios
Ainda de acordo com o governador, as Unidades de Polícia Pacificadora contribuíram para a redução das taxas de homicídios no estado. “A Delegacia de Homicídios não podia entrar num lugar desse como entra hoje. O trabalho de investigação da Polícia Civil tem sido extraordinário desvendando os crimes. Assim como foi no Amarildo, onde pode fazer toda a investigação dentro da Rocinha porque tem policias hoje ocupando, com toda dificuldade, tentando levar a paz”, afirmou ele.
Para o governador, apesar das denúncias de arbitrariedades envolvendo PMs em regiões pacificadas e das condições de trabalho desses mesmos policias nessas comunidades. O sucesso da política de pacificação não pode ser questionado. “A redução de homicídios no Rio em fevereiro bateu recorde. Isso é devido a essa secretaria de Segurança e ao secretário Beltrame, com toda essa Polícia Militar que a gente tem aí e a Polícia Civil que está fazendo esse trabalho”, alegou o governador.
Mãe de criança acusa PM por morte
Na semana passada, uma criança de 10 anos e uma mulher foram mortos durante operações da polícia no conjunto de favelas do Alemão. Além deles, outras duas pessoas foram mortas e três feridas. Segundo Terezinha Maria de Jesus, de 40 anos, mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, de 10, um policial militar do Batalhão de Choque teria sido o autor do disparo que matou o filho dela.
“Eu marquei a cara dele. Eu nunca vou esquecer o rosto do PM que acabou com a minha vida. Quando eu corri para falar com ele, ele apontou a arma para mim. Eu falei ‘pode me matar, você já acabou com a minha vida’”, contou. O menino foi baleado na cabeça na porta de casa e morreu na hora.
G1/JE
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