Entenda por que a adesão bilionária ao ESO é um ótimo negócio para o Brasil
Mundo - Relações Internacionais - Adesão ao Observatório
Foto: Revista Galileu
Depois de um ano e meio de trâmites e percalços na Câmara dos Deputados, o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) que oficializa a adesão do Brasil ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) foi finalmente aprovado pelos congressistas no último dia 19.
Isso significa que o Brasil acaba de dar mais um passo na direção de ratificar sua participação como o décimo quinto estado-membro do observatório astronômico mais avançado e produtivo do mundo, localizado no deserto do Atacama, no Chile.
Fazer parte de um empreendimento científico internacional deste porte garante não apenas o acesso da comunidade astronômica brasileira ao que existe de mais avançado na área, podendo atuar na vanguarda das pesquisas.
Contratos lucrativos para diversos setores da indústria são um dos muitos itens que vêm inclusos no pacote, sem contar a chance única de aprender, na prática, a fazer ciência de ponta – influenciando em todas as etapas do processo e adquirindo know-how em instâncias que vão desde a acadêmica até a administrativa.
“O ESO está muito satisfeito que a Câmara dos Deputados brasileira tenha votado a favor da ratificação”, declarou a organização a GALILEU. Se aprovado no Senado, o projeto fará de nós o único país não-europeu a fazer parte da instituição. Na prática, já usufruímos de muitos dos privilégios concedidos aos coproprietários desde 2010, quando o governo firmou, nos últimos dias de mandato do presidente Lula, um acordo formal de adesão. Um exemplo destas condições especiais é o tempo de uso dos telescópios: nossos pesquisadores concorrem em pé de igualdade com os cientistas europeus. Mais noites de observação, frequentemente, resultam em pesquisas de maior relevância.
No entanto, enquanto os políticos não ratificarem a conta de 270 milhões de euros (cerca de um bilhão de reais na cotação atual), a serem pagos em dez parcelas anuais, não podemos tomar parte em processos internos de tomada de decisão e nossas empresas ficam de fora das grandes licitações.
Os editais estão saindo aos montes desde o início das obras do maior telescópio da história, o European Extremely Large Telescope (E-ELT), em julho de 2014 – instalações visitadas recentemente por GALILEU.
No momento, 12 licitações estão abertas, sendo que dez delas são relacionadas ao E-ELT. “A indústria brasileira poderia, logo de cara, participar ativamente de diversas etapas da construção estrutural, pela proximidade geográfica com o Chile e pela afinidade natural de ambos serem países latino-americanos”, destaca Claudio Melo, astrônomo potiguar que em 2013 chegou ao prestigioso cargo de diretor científico do ESO.
Quanto mais tempo o projeto demorar para ser aprovado no Senado, mais oportunidades de negócio nossas empresas vão perder, incluindo um contrato no valor – com o perdão do trocadilho – astronômico de 200 a 300 milhões de euros.
“O consórcio vencedor que irá construir a cúpula e a estrutura principal do E-ELT vai ser anunciado no final de 2015, e os concorrentes foram aconselhados a incluir subcontratados dos estados-membro, inclusive do Brasil”, revelou a instituição no comunicado.
Revista Galileu/JE
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