Primeira cerveja com cana-de-açúcar é fabricada em Belo Horizonte
Brasil - Negócios - Cana na Cerveja
Loira gelada, loiraça, cerva. Apelidos que definem a cerveja, uma das paixões dos brasileiros e a terceira bebida mais popular do mundo, perdendo apenas para a água e o chá. Com sabores variados, ela tem tipos diferentes como pilsen, bock, com trigo. E que tal uma feita com cana-de-açúcar?
Sim, existe e está sendo fabricada na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. De acordo com o cervejeiro e proprietário da Cervejaria Wäls José Felipe Carneiro, a mistura é uma iniciativa ousada e com alto teor de açúcar.
“Ela é fácil de beber, tem aroma frutado e com leve acidez”, definiu. Ainda segundo ele, a cerveja foi produzida com uma levedura norte-americana geneticamente modificada, com apenas 6,5% de álcool, trazida de Nova York.
A bebida é do estilo saison, típico do interior da Bélgica, com alta carbonatação e com teor alcoólico entre 6% e 8%. A novidade é que para a produção serão utilizados, além dos maltes especiais, lúpulos nobres e o caldo de cana-de-açúcar.
O lançamento da bebida no Brasil está previsto para dezembro e o preço final para o consumidor de uma garrafa de 375 mililitros deve ficar em torno de R$ 17.
Ainda não há data definida para que ela chegue ao exterior. Para produzi-la, o empresário disse que investiu, entre testes e equipamentos, R$ 80 mil.
Para reaver o dinheiro, Carneiro disse que levará cerca de seis meses. Para a produção dos primeiros dois mil litros, uma tonelada de cana-de-açúcar foi moída, o que rendeu 200 litros de garapa.
“Ela tem um sabor diferente do convencional e o ideal é que seja servida resfriada a cinco graus positivos”, explicou. Carneiro disse também que a bebida no copo, à medida que esquenta, solta ainda mais o aroma frutado.
Internacionalização
Para a parceria na criação da cerveja com cana-de-açúcar, o mestre cervejeiro norte-americano Garret Oliver foi convidado. Garrett começou a fazer cerveja profissionalmente em 1989, como aprendiz, e foi indicado mestre cervejeiro em 1993.
Ele promoveu mais de 800 degustações, jantares e demonstrações culinárias em 14 países, escreve regularmente para periódicos de gastronomia, de cerveja e é reconhecido internacionalmente como um expert.
No último dia 10, Oliver esteve na capital mineira para participar da produção da nova bebida. De acordo com Carneiro, o objetivo é produzir uma cerveja que transmita a ligação do povo brasileiro com a cana-de-açúcar, normalmente usada na fabricação da cachaça.
“O que nós queremos é mostrar que o Brasil é capaz de produzir cerveja de alta qualidade e de renome internacional, usando também ingredientes nacionais”, defendeu Tiago Carneiro, que também é proprietário da cervejaria.
Matéria-prima
A Vale Verde foi a responsável por fornecer a cana-de-açúcar que serviu de matéria-prima. O canavial, plantado em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem um dos melhores índices de “brix”, usado para medir o teor de açúcar.
De acordo com o engenheiro de alimentos Bruno Zille, houve uma análise do solo e das condições climáticas da região para o plantio. A partir desta avaliação, pode-se escolher o tipo de cana que seria cultivado.
O “brix” varia de 18% a 23%. O controller Tufic Meokarem disse que “esse valor está relacionado a uma série de fatores como características do solo, manejo técnico da produção, adubação, controle de pragas e doenças”.
Alex Araújo/G1 MG/JE
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