No dia 23 de novembro acontecerá a 3ª edição do Black Friday, data marcada pela mobilização em massa das lojas virtuais brasileiras que promovem uma mega liquidação de produtos com descontos atrativos.

Para se ter uma ideia do tamanho da ação, em 2011 rendeu ao e-commerce um faturamento de R$ 100 milhões. Foram 237 mil pedidos realizados, o maior número já registrado na história do comércio eletrônico brasileiro em um único dia.

Conscientes do potencial de vendas da data, varejistas começam a se planejar com mais antecedência. Segundo o Google, a ação teve a maior taxa de conversão no varejo em 2011, 77% acima da média diária.

Se o maior atrativo do Black Friday para o consumidor é a vasta oferta de produtos com descontos, para as lojas, o sucesso de vendas depende de uma série de fatores.

Um ponto importante neste planejamento é a preparação do estoque. O volume de pedidos tende a ser grande, o que pode fazer com que alguns produtos se esgotem com rapidez.

As lojas virtuais devem levantar em quais categorias podem se destacar e preparar um estoque maior. Se o consumidor não encontrar o que precisa em uma loja, certamente ele vai procurar em outra.

Pode não parecer, mas a preparação para começa antes mesmo dos produtos estarem nas mãos dos varejistas. O conceito de liquidação não funciona se os preços não forem realmente atrativos.

Para conseguir oferecer um belo desconto, os varejistas devem usar a data como motivo para que seus fornecedores também reduzam os preços.

O Brasil tem hoje mais de 37 milhões de e-consumidores. São pessoas conectadas que interagem e sabem avaliar se as ofertas são boas ou não.

As lojas que anunciarem um produto com preço normal como se fosse promoção serão bombardeadas de comentários negativos.

Em tempos de redes sociais, o poder de palavra está nas mãos dos usuários, que podem propagar com rapidez informações sobre as lojas, sejam elas boas ou ruins. A agilidade nas respostas de perguntas e comentários de usuários pode evitar que ocorra um buzz negativo na rede.

Nas agências, a atenção no dia do Black Friday deve ser redobrada. As peças devem ser preparadas com o máximo de antecedência para evitar que produtos com desconto fiquem sem divulgação.

O consumidor precisa saber quem vai participar. Vale usar os canais nas redes sociais, email marketing, rede de afiliados, anúncios em sites parceiros, etc.

Produtos com grandes ofertas são ótimas ferramentas para aumentar consideravelmente a base de clientes. Cada venda, mesmo que com um ticket médio baixo, significa um Lead qualificado para o varejo.

Ele não serve somente pra faturar mais, serve para fidelizar clientes que, se tiverem uma experiência positiva em sua compra, com certeza voltarão à mesma loja no futuro.

Outro tópico indispensável na preparação do Black Friday é a infraestrutura. Não adianta investir tempo e dinheiro na divulgação das promoções se o site não está preparado para receber uma grande quantidade de visitas. Nada mais triste para o consumidor do que tentar concluir uma compra e não conseguir.

Os números do falam por si e comprovam o potencial da data. Com uma maior preparação das lojas e o aumento da quantidade de e-consumidores estamos próximos de vivenciar o dia mais lucrativo de toda a história do comércio eletrônico brasileiro.

Essas expectativas devem ser comprovadas em 23 de novembro de 2012. É esperar para ver, ou melhor, se preparar para que isso aconteça.