Olarte responde na Justiça por corrupção e lavagem de dinheiro
Estado - Judiciário - Resposta por Crimes
Foto: Correio do Estado
Fim do mistério. O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, é réu em processo que tramita na Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele é acusado de ter cometido o crime de corrupção passiva seis vezes – em continuidade delitiva – e ainda responde por lavagem de dinheiro.
Em abril do ano passado, depois que os policiais do Grupo de Apoio na Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dele, e mesmo nos meses seguintes, quando ele prestou depoimento no Tribunal de Justiça, o prefeito sempre afirmava que ele não era investigado, e sim agia como “colaborador” das investigações. As acusações do Ministério Público Estadual estão ligadas à prática de agiotagem.
Olarte não é réu sozinho na denúncia assinada pelo procurador-geral de Justiça Humberto Brites, que tem origem nas informações colhidas pelas equipes do Gaeco. Também figura entre os acusados outro pastor (assim como o prefeito), Ronan Edson Feitosa de Lima é enquadrado também seis vezes em corrupção passiva, mas não na prática do crime de lavagem de dinheiro.
Ronan chegou a ser preso em operação do Gaeco em abril do ano passado. Ele foi nomeado para cargo de assessor na secretaria de Governo e Relações Institucionais ainda no mandato de Alcides Bernal, e continuou na administração municipal nos primeiros meses de Olarte.
O militar Luiz Márcio dos Santos Feliciano também responde ao mesmo processo, acusado de lavagem de dinheiro.
A investigação do Gaeco teve início em 2013, quando Gilmar Olarte ainda era o vice-prefeito de Campo Grande e não gozava de foro privilegiado. Depois de março de 2014, quando Alcides Bernal foi cassado, o processo subiu para o Tribunal de Justiça, por causa do privilégio que o cargo de prefeito oferece a quem o ocupa.
Ontem pela manhã, o desembargador relator do caso, Luiz Cláudio Bonassini da Silva, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, ao ter conversado com um jornalista na porta de seu gabinete, teria falado que “por este processo não tem risco” de Olarte ser cassado e que “esta história de golpe não tem”. Na sequência, o magistrado determinou a publicação de uma nota no portal do tribunal na internet, anunciando o fim do sigilo. O objetivo da publicação era desfazer qualquer mal-entendido sobre um suposto prejulgamento do processo.
Conforme a nota do TJ, no despacho inicial do processo, de 23 de janeiro de 2015, Bonassini acatou o pedido do Ministério Público de acabar com o sigilo, e ainda determinou a notificação dos acusados para apresentar defesa escrita em 15 dias.
O desembargador também mandou remeter autos para o Juizado Especial Criminal para julgar outras cinco pessoas por crimes de menor potencial ofensivo, entre elas o atual secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Rodrigo Gonçalves Pimentel, pelo crime de favorecimento pessoal. Rodrigo é filho do desembargador do TJ, Sideni Soncini Pimentel.
No juizado, ainda respondem pelo crime de usura, Edmundo de Freitas Carrelo, Salem Pereira Vieira, Ito de Melo Andrade e Carlos Lima da Silva. O crime de usura está ligado à cobrança excessiva de juros, situação típica da prática de agiotagem.
O prefeito Gilmar Olarte não atendeu os telefonemas da equipe de reportagem.
Eduardo Miranda/Correio do Estado/JE
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