Reunião para negociar paz no leste da Ucrânia é cancelada
Brasil - Geral - Negociação Cancelada
Foto: Veja
A reunião entre o governo ucraniano e os rebeldes separatistas para negociar a paz no leste do país, programada para esta sexta-feira em Minsk, foi cancelada, confirmaram tanto os separatistas como o Ministério de Relações Exteriores da Bielorússia, que pretendia mediar o encontro. "Nós, representantes das repúblicas popular de Donetsk e Lugansk, não tomaremos parte nas negociações desta sexta-feira", anunciou o negociador-chefe dos separatistas de Lugansk, Vladislav Deinego.
O cancelamento da segunda reunião do Grupo de Contato de Minsk - usado pelos dois lados do conflito e que conta com mediação da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) - foi confirmada pelo secretário de imprensa da chancelaria bielorrussa, Dmitri Mirónchik.
Uma fonte próxima às autoridades ucranianas afirmou que os separatistas descumpriram um compromisso de trocar prisioneiros antes do encontro, como havia sido definido há dois dias na capital bielorrussa.
Tanto os separatistas como o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), confirmaram na quinta-feira o acordo para a troca de 150 soldados ucranianos por 225 rebeldes, que, segundo Kiev, deveria acontecer antes desta manhã. No entanto, Deinego disse nesta sexta-feira que o prazo estipulado para essa primeira troca de prisioneiros vence na próxima terça-feira, 30 de dezembro.
Pouco antes, o negociador-chefe dos rebeldes de Donetsk, Denis Pushilin, garantiu que haviam "completado através da OSCE todos os procedimentos para comparecer hoje à reunião em Minsk, mas foram ignorados pela Ucrânia".
Com a ressalva da troca de prisioneiros, as partes não conseguiram chegar a acordos sobre o resto da agenda anunciada pela OSCE antes da reunião, entre eles a retirada do armamento pesado da linha de contato entre os dois lados e a abertura de corredores para cargas humanitárias.
Embora a retirada do armamento pesado e a criação de uma zona de segurança de 30 quilômetros tenha sido selada no Memorando de Minsk em 20 de setembro, mais de três meses depois este acordo ainda não é uma realidade.
O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia ressaltou hoje que começará a retirar sua artilharia da frente somente quando houver pelo menos 48 horas seguidas de cessar-fogo.
Por enquanto, e apesar de desde o último dia 9 estar valendo uma nova trégua entre as forças de Kiev e os separatistas, os dois lados se acusam de contínuas violações do cessar-fogo.
Quase 5.000 pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia desde meados de abril, quando explodiu o conflito armado após a sublevação pró-russa nessas duas regiões do país na fronteira com a Rússia.
Veja/JE
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