Foto: Edemir Rodrigues

O Programa MS Forte – Habitação garantiu, em Bodoquena, a transferência de 108 famílias que moravam em área de risco para um local com mais segurança e melhores condições de vida. Construído pelo Governo Estadual, com recursos obtidos da União e contrapartida, por meio do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, o residencial no Loteamento José Eduardo Gonçalves tem casas de 32 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

O local já conta com energia elétrica e água encanada. Os novos moradores receberam as chaves na manhã desta sexta-feira (12), entregues pelo governador André Puccinelli e o prefeito Jun Iti Hada.

Um total de R$ 2,2 milhões foi investido em conjunto pelo Governo Federal e o Estado, contando com a parceria da Prefeitura, que doou os lotes, avaliados em cerca de R$ 30 mil cada um. “É essa união dos três níveis de governo que fez com que pudéssemos construir as casas. Buscamos os recursos federais, complementamos e fizemos a parceria com o Município, para que todos vocês tivessem um lar”, afirmou André.

As famílias agora donas das próprias casas vieram de três localidades onde viviam em área de risco, e de forma irregular, porque eram áreas de invasão: a Vila Nogueira, região de constantes alagamentos, nas margens do Córrego São João; a chamada Área Verde, aos pés de um morro; e o Sol Nascente, beira de barranco.

Sem risco

Baiana de nascimento, ex-moradora de São Paulo e uma hoje uma apaixonada por Mato Grosso do Sul e Bodoquena, dona Almerita Santos de Brito, 84 anos, incorpora o nome do programa habitacional na hora de falar do que representa ter nas mãos a chave na nova moradia. “É a minha casa! É a minha vida!”, diz, entusiasmada. “Eu tô aqui numa alegria!”. Até então residente em dois pequenos cômodos construídos irregularmente na Área Verde, a aposentada passa a viver em um conjunto localizado em área central, com equipamentos de infraestrutura, segurança e salubridade.

São condições que vão fazer toda a diferença na vida da família de Claudia Lopes de Deus, 30 anos. Mãe de quatro filhos de 12, 9, 7 e 6s anos de idade, também moradora da irregular Área Verde, a auxiliar de serviços gerais conta que se mudou para o local por falta de condições de construir em outro lugar. Na velha casa, já passou por sofrimentos de ver árvores caindo perigosamente e ter a casa inundada pelo estouro da fossa séptica, situação que chegou a provocar infecção em uma das crianças. “Eu comecei a aumentar a casa, a tentar melhorar. E as pessoas às vezes viam isso e achavam que a gente estava bem. Mas não viam a verdadeira dificuldade da gente”, ela lembra. Desde que teve a confirmação do direito à nova casa, a vida é outra. “Eu até chorei de alegria. Nem imaginava”, lembra.

“Eu vejo em cada um que vem aqui receber as chaves a felicidade de finalmente ter a casa própria, e ficamos muito felizes. Alegria é isso. Isso é a casa, isso é o lar que vai abrigar a família da gente”, disse o governador, compartilhando a emoção dos mutuários.

Com a remoção das 108 famílias para o novo loteamento, a Prefeitura irá tomar providências de cercamento para que não ocorram novas invasões nas áreas de risco. Segundo o prefeito Jun Iti Hada, nesses locais serão feitos também projetos de reflorestamento e arborização. “Nesse loteamento novo, estamos oferecendo condições de viver regularmente e com saúde a essas famílias”, afirmou. “Elas terão aqui um lugar bastante tranquilo, com água, esgoto, um posto de saúde já em construção, área de lazer para as crianças”, enumerou o prefeito. Bem próximo do conjunto também já está garantida a construção da escola João Pedro Pedrossian.