Fórum premia empreendedores com trabalho social
Brasil - Empreendedorismo - Justiça Social
O concurso tem cinco categorias, direcionadas a jovens, promotores de políticas públicas, empreendedores sociais, mulheres empresárias e empresário do ano. A ideia do prêmio é divulgar exemplos que aliam criação de riqueza à justiça social em diferentes países. Conheça, abaixo, os cinco homenageados da noite:
Jovem empreendedora: Melissa Kushner, da Goods for Good (Estados Unidos)
Perder o pai ainda jovem sensibilizou a americana Melissa Kushner para o desamparo de crianças órfãs. Em 2005, visitando o Malawi, ela teve uma ideia para ajudar 1 milhão de jovens do país que não têm mais os pais nem apoio para estudar - e não quebram o ciclo de pobreza.
Kushner pesquisou nas aldeias do que esses menores precisavam e, com uma lista em mãos, passou a buscar esses materiais no galpão de grandes empresas. São roupas, sapatos, cadernos e canetas que iriam ser jogados fora devido a pequenas imperfeições. "Nosso lema é fazer progresso com o excesso", diz.
Hoje, 67.000 órfãos do Malawi são cuidados em centros comunitários que zelam por sua educação e alimentação. "Incentivamos esses centros a empreender e direcionamos os lucros para programas de apoio às famílias e bolsas de estudos", afirma.
Empreendedor Social: Tony Meloto, da Gawad Kalinga (Filipinas)
Nascido em uma favela filipina, Tony Meloto abraçou, desde cedo, a missão de superar a pobreza. Formado em economia, ele desenhou uma nova equação para melhorar a vida de quem mora em favelas.
Em 1995, Meloto lançou a pedra inicial da Gwada Kalinga, que une forças de governo, comunidades e setor privado para transformar favelas em comunidades empreendedoras. "Pobreza não é a escassez de recursos, e sim falta de dignidade", afirma Meloto.
A Gwada Kalinga já formou 2.000 comunidades nas Filipinas e em países como Indonésia, Camboja e Papua Nova Guiné. Suas iniciativas empoderaram 5 milhões de famílias e formaram 500.000 empreendedores sociais. "Queremos fomentar uma nova geração pacífica e que crie riqueza para sua comunidade em vez de emigrar para arranjar empregos fora, contribuindo para o lucro de grandes corporações", diz.
Empreendedor do ano: Mo Ibrahim, da Mo Ibrahim Foundation (Sudão)
O sudanês Mohamed "Mo" Ibraim fez fortuna vendendo serviços de telecomunicação para celulares na África. A empresa fundada por ele, a Celtel, vendeu mais de 24 milhões de telefone em 14 países do continente.
Após vender sua companhia em 2005 por US$ 3,4 bilhões, Mo lançou sua fundação para encorajar a melhoria da governança na África. Para isso, criou um índice para medir o nível de transparência e boas práticas dos governos. Todo ano, ele premia com US$ 5 milhões chefes de estado africanos que demonstram melhorias em segurança, saúde, educação e economia - e que transferem democraticamente seu poder para os sucessores.
Ele aposta no empreendorismo para criar empregos e desenvolver os países. "Nenhum indivíduo pode fazer sucesso se a sociedade está caindo aos pedaços", afirma Mo. "Não devemos esperar por ajuda externa. É hora de a África ajudar a África."
Empreendedora do ano: Aude de Thuin, da "Osons la France" (França)
A francesa Aude de Thuin é uma empreendedora serial. Fundou sua primeira empresa em 1981, e desde então já abriu três organizadoras de eventos. Sua ação mais impactante foi a criação do Fórum Feminino para a Economia e a Sociedade em 2003. Essa reunião anual de 1.400 mulheres de 80 países busca melhorar a representação feminina e a desigualdade de gênero em todas as instâncias de poder na sociedade.
Em 2011, Aude partiu para uma nova empreitada. Com a Osons la France, quer incentivar os franceses a superar o desalento com a recessão econômica. Para isso, ela pretende impulsionar talentos para inovar em diferentes áreas, como indústria, novos negócios, pesquisas e educação. "É um movimento que nos desafia a acreditar na França", diz. "Temos recursos, educação e vontade. Não podemos deixar que o orgulho e a arrogância de alguns atores sociais nos detenham."
Promoção de políticas públicas: Irina Bokova, diretora-geral da Unesco (Bulgária)
Irina Bolkova é a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora-geral da Unesco - também é a primeira vez que o comando é conferido a alguém nascido no Leste Europeu.
Antes de assumir essa função, Irina foi membro do parlamento búlgaro pelo Partido Socialista, ministra de relações exteriores, embaixadora e delegada da Unesco.
O prêmio, segundo o conselho, foi um reconhecimento a sua promoção da educação para um desenvolvimento sustentável. "Essa é a saída para o desemprego dos jovens e para muitos dos problemas do mundo", afirma Irina.
baunerreon.com/KF
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