O México está muito melhor no Nafta do que o Brasil no Mercosul
Mundo - Relações Internacionais - Mercosul e Nafta
Uma política que deixa os empresários brasileiros em desvantagem em relação aos mexicanos (e também aos chilenos) no comércio internacional é a visão de cada um desses governos no que diz respeito aos acordos bilaterais.
O Brasil, como se sabe, é refém do Mercosul. O comércio internacional do país, em última instância, não é definido em Brasília. Ela depende do que vai pela cabeça de Cristina Kirchner, da Argentina, Hugo Chávez, da Venezuela, e (menos nocivo do que os outros dois) José Mujica, do Uruguai.
Se eles não quiserem que o Brasil feche um acordo com determinado país, Brasília nada pode fazer. O acordo com o México em torno do comércio de automóveis, com todas as suas limitações, é um dos poucos tratados bilaterais que o governo brasileiro tem em vigor.
O México, por sua vez, tem quase 40 tratados de comércio e cooperação em vigor, conforme discutido na semana passada, durante o 18º Meeting Internacional promovido pelo Lide em Punta Mita.
Os benefícios, nesse caso, são negociados de parte a parte entre os governos de dois países - o que tornam os acordos mais claros e objetivos.
A pergunta, conforme a economista Dorothea Werneck, secretária de Desenvolvimento de Minas Gerais, comentou com um amigo na saída do seminário é: o que o Brasil ganha com o Mercosul?
A resposta é clara: praticamente nada. O Mercosul, pelo bem do Brasil, deve ser desmontado. Da forma como está, não passa de um edifício mal gerido e com rachaduras no alicerce.
Nele, os moradores em dia com as taxas de condomínio carregam nas costas os vizinhos caloteiros, que não pagam as contas e ainda exigem tudo na mais perfeita ordem. Este é o ponto: o Mercosul nunca cumpriu o papel que justificou sua instalação. Nem cumprirá.
Hoje, não é uma aliança aduaneira destinada a reforçar a presença dos países que o integram junto aos principais mercados do mundo.
Ao contrário, não passa de uma caravana errante cuja velocidade, só para recordar as palavras atribuídas ao velho camarada Mao, tem sido determinada pelo carro mais lento. E o carro mais lento, neste caso, tem nome e localização conhecidos: fica ao sul do Rio da Prata e se chama Argentina.
O fortalecimento da economia brasileira, com as consequentes vantagens que isso trará para as empresas nacionais, passa pela remoção do entulho ideológico que, desde o governo de José Sarney, buscou fortalecer uma abstração chamada “América Latina”, em detrimento dos interesses de quem trabalha e recolhe impostos no Brasil.
Nenhuma comparação é capaz de desmentir o óbvio: em matéria de bloco econômico, o México tem obtido muito mais vantagens em seu relacionamento com os Estados Unidos e o Canadá, em torno do Nafta, do que o Brasil, com sua insistência em permanecer no Mercosul, ligado ao que existe de pior na face da Terra em termos de miopia econômica.
Ricardo Galuppo/Brasil Econômico/JE
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