Em sua sexta edição, kit de difusão musical contempla 50 artistas sul-mato-grossenses das mais variadas vertentes musicais, indo do tradicional sertanejo até a poética sonoridade da bossa nova.  O material foi produzido pelo governo do Estado, por intermédio da Fundação de Cultura (FCMS), com investimento estimado de cerca de R$ 50 mil reais. 

No evento de entrega dos kits, no dia 30 de setembro, cada artista levou para casa um exemplar do material que será divulgado. Assim como nas outras edições, o kit será distribuído em rádios, jornais, fundações e pontos de cultura de Mato Grosso do Sul e do País, reduzindo a distância entre os músicos e os ouvintes. Para o governador André Puccinelli o projeto é uma ótima oportunidade dos músicos mostrarem a face da cultura sul-mato-grossense. “Desejo aos artistas da nossa terra que façam todo o sucesso e que consigam a prospecção almejada. Que vocês possam divulgar a nossa cultura através da musicalidade expressa nas suas canções, seja pelos ritmos e estilos aqui representados por cada um”, disse André.

Ainda jovem no cenário musical do Estado, mas com um projeto ambicioso de divulgar estilos como o soul e a bossa nova em um terreno onde o som não é tão tocado, o cantor e compositor David Buck conta que a aprovação no projeto serve de incentivo e estímulo na sua carreira. “Nasci aqui, mas comecei na música em 2009 na Bahia, depois toquei por dois anos em São Paulo. Mas aqui no Mato Grosso do Sul ainda não sou muito conhecido e o projeto vem para me ajudar nesse aspecto. Creio que o kit vai me ajudar a chegar até aquelas pessoas que não ouvem apenas o sertanejo universitário e buscam outros ritmos”, explicou ele.

No caso da Banda de Ontem, que atua em cenários mais fechados, como festas de casamento e formaturas, a perspectiva também é grande em expandir a margem de seguidores. “Como atuamos mais em festas somos mais conhecidos dentro desse cenário. Com o kit a ideia é generalizar e sair um pouco desse nicho para atingir uma maior platéia”, explica o vocalista da banda, Du Kati.

Com 25 anos de idade, e dez anos de carreira musical, a artista Ju Souc ressalta a importância de parcerias como essa, tanto para iniciantes como para os artistas com carreiras consolidadas no Estado. “É uma bela oportunidade para a gente divulgar o nosso trabalho, acessar locais que nós sozinhos não conseguiríamos. Até porque o material vai para o Brasil inteiro. A internet facilita, mas o material físico é importante”, explicou a jovem que além do tempo de estrada acumula na bagagem a experiência de representar o estado em festivais fora, como o concurso de baterista da América do Sul “Batuka Brasil”, em que conquistou o primeiro lugar na categoria feminina.

Outro que ressalta a importância desse fomento cultural por parte do Executivo Estadual é o vocalista do Forrozén, Zé Bruno. “Esse projeto leva nossas produções para uma mídia maior e esse é o diferencial”. Ele ainda destacou outros grandes projetos dentro do Estado para incentivar a cultura regional. “Com o apoio da Fundação de Cultura do Estado já gravamos um videoclipe, além de termos participado de edições do Festival da América do Sul, em Corumbá, do Festival de Inverno de Bonito, entre outros projetos como Cena Som e Som da Concha, aqui mesmo em Campo Grande”, destacou.

E para quem está começando no mundo artístico, como a jovem dupla sertaneja de Terenos Ottoni e Elivelto,  essa foi a chance de ter um produto de qualidade sem precisar bancar o alto preço io que o mesmo exige. “Para se produzir um CD de sete ou dez faixas seriam necessários no mínimo 15 mil reais. Não temos como calcular o valor desse kit, mas certamente é algo muito além da nossa realidade”, observou o integrante da dupla, Elivelto.

No total foram produzidos 1.500 kits compostos por dois CDs e um livreto. No primeiro disco estão 100 músicas gravadas por 50 artistas. No segundo, informações completas e imagens dos músicos que participam do projeto. Já o livreto reúne release resumido, foto, ficha técnica das músicas e contato dos participantes.