Conheça a possível nova capital da Argentina
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Foto: Turismo Santiago del Estero
Há algumas semanas, a presidente da Argentina Cristina Kirchner declarou ser possível que, em breve, o país transfira sua capital, que hoje é Buenos Aires, para outro lugar. E a potencial escolhida é uma pacata cidade chamada Santiago del Estero, que é capital da província de mesmo nome.
“É uma ideia que temos que discutir e pensar entre todos os argentinos”, declarou a chefe de estado ao jornal La Nacion. Uma das razões para a mudança, explicou o jornal The New York Times (NYT), é a vontade do país de explorar a região norte, que fica localizada num ponto praticamente central entre os oceanos Pacífico e Atlântico.
Também existe um aspecto cultural envolvido, considera o NYT. Há uma ideia de que a população argentina que vive em outras províncias se sente desconectada de Buenos Aires. A cidade, fortemente influenciada por uma herança europeia, contrasta com a realidade de outras regiões que, em sua maioria, contam com a agricultura e a extração mineral como principais fontes de renda.
Mãe das cidades
Santiago del Estero tem pouco mais de 250 mil habitantes e é conhecida popularmente como “a mãe das cidades”, por ser a mais antiga da Argentina. Há dúvidas sobre o ano exato de sua fundação, mas, de acordo com informações no site da prefeitura local, a cidade surgiu em 1550.
É ainda um dos principais destinos turísticos no país, famoso pelas Termas do Rio Horno e também por seus monumentos históricos.
Mudança
Esta não é, contudo, a primeira vez que a Argentina pensa em trocar sua capital, conforme lembra o jornal The Telegraph. Nos idos de 1850, foi sugerida que a transferência fosse para uma pequena ilha chamada Martin Garcia, localizada no Rio da Prata. Mais recentemente, em 1983, o então presidente Raul Afonsín também lançou a ideia de mudança de capital. Desta vez, o destino era Viedma, na região da Patagônia.
Apesar de ter sido amplamente divulgada, a ideia de Cristina foi muito criticada. “Não há dinheiro para evitar o calote, mas há para essa transferência faraônica de capital”, disse o economista José Luis Esport, no Twitter. Para um analista ouvido pelo NYT, contudo, não há motivos para preocupação, pois a declaração de Cristina teria apenas um caráter “simbólico e nada mais”.
Gabriela Ruic/Exame/JE
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