Após deixar palco, Milton Nascimento comenta mal-estar: ‘Nunca tive que parar um show pela metade’
Brasil - Entretenimento - Mundo da Música
Foto: Extra
Novo em folha após passar mal num show em São Paulo no fim de agosto, Milton Nascimento aparece em dose dupla neste fim de semana. Nesta sexta, ele canta no Vivo Rio ao lado de Criolo, no projeto “Linha de frente”. Domingo, de graça, o mineiro solta a voz na Praia de São Francisco, em Niterói, às 18h.
Fale um pouco sobre essa parceria com o Criolo.
Na verdade eu conheci primeiro a música dele. Muito tempo depois é que fui conhecê-lo pessoalmente. E como eu já tinha essa afinidade com o som do “Nó na Orelha”, nossa amizade foi ainda mais natural. Criolo é um cara incrível. Digo isso nos dois sentidos, tanto como artista quanto como amigo.
E pretendem registrar essa turnê em CD ou DVD?
Isso está sim em nossos planos! É uma conversa que já está bem adiantada. Nossas produções já estão arquitetando algo. Mas nossa preocupação agora é preparar bem esse show, porque quando ele estiver no ponto certo aí é que as coisas devem realmente esquentar.
Além de “Dez anjos”, já compuseram outra canção?
Ainda não, infelizmente por falta de tempo mesmo. O Criolo não para, e eu também tenho feito muitas coisas esse ano.
O Criolo foi uma grata surpresa para a MPB. Algum outro nome que vem te agradando, dessa geração?
Não sei dizer se são da mesma geração, mas posso dizer que dessa turma eu gosto muito dos Racionais, do Criolo, da rapaziada que anda com Hamilton de Holanda e também da Esperanza Spalding.
De onde surgiu o nome da turnê, “Linha de frente”?
Surgiu praticamente um mês antes da estreia da turnê em Belo Horizonte. Juntamos a turma e colocamos em votação. E “Linha de Frente” foi o nome que mais agradou, inclusive essa é uma das músicas dele que eu mais gosto.
Acompanhamos, com aflição, seu mal-estar, recentemente, num show em São Paulo. Como está se sentindo?
Para falar a verdade foi realmente um grande susto. Nunca tinha acontecido comigo de ter que parar um show pela metade. Todos ficaram muitos abalados. A gente queria muito ter terminado aquele concerto. O Criolo e a banda estavam voando, e a noite prometia muito, até que, infelizmente, veio um mal-estar que me impediu de continuar. Quero aproveitar também para agradecer o carinho de todos. A porcentagem de pessoas que pediu a devolução do ingresso é quase zero. Sendo assim, vamos com ainda mais vontade pra fazer esses shows no Rio e em São Paulo.
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