Funarte oferece oficina de artesanato para ribeirinhos de Porto Esperança esta semana
Cultura - Oficina de Artesanato
Foto:Divulgação
De 12 a 14 de agosto, moradores da comunidade ribeirinha de Porto Esperança, no município de Corumbá (MS), terão a oportunidade de aprender a arte de confeccionar artesanato com fibra de aguapé, conhecido também como camalote. A oficina será ministrada pela artesã Catarina Guató, uma das poucas remanescentes e difusoras deste saber secular.
O curso é gratuito, destinado a jovens de 18 a 29 anos, e terá duração de 20 horas-aula. A realização é da Funarte e do Ministério da Cultura, por meio do programa Mais Cultura: Microprojetos Pantanal. O curso tem apoio da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul e da Prefeitura Municipal de Corumbá, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania e da Fundação de Cultura de Corumbá.
Catarina vai repassar o modo de saber-fazer do artesanato guató, que consiste na coleta da fibra de aguapé no rio Paraguai, manuseio, preparo e secagem da fibra, confecção e acabamento de trançados que serão utilizados na criação de cestarias, chapéus, tapetes, abanicos, fruteiras, entre outros objetos utilitários e decorativos.
O objetivo é que jovens e adultos aprendam a técnica e passem a produzir e comercializar o artesanato em aguapé para turistas, de forma a aprenderem um ofício alternativo aos poucos existentes na comunidade onde vivem e obtenham renda complementar à de suas famílias.
O aguapé é uma planta aquática abundante do Pantanal. Seus emaranhados formam os chamados “camalotes”, que flutuam nas águas servindo de abrigo e alimento para variadas espécies.
Porto Esperança é um lugarejo histórico às margens do rio Paraguai, com acesso apenas por barcos. Seus moradores trabalham no turismo de pesca, atuando na coleta e comércio de iscas vivas, assim como piloteiros, guias de pesca e pescadores profissionais. O distrito tem relevância histórica, pois de 1914 a 1952 era a última estação do trem de passageiros e cargas da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. No período, para se chegar a Corumbá, era necessário desembarcar do trem ali e tomar embarcações a vapor para se chegar à Cidade Branca. Com a desativação de passageiros e embarcação do trem de passageiros em 1992, o distrito teve brusca queda em sua economia, “parando no tempo”. Atualmente, além do turismo de pesca, é importante entreposto entre os modais ferroviário e hidroviário no transporte de minérios.
Catarina Guató
Catarina nasceu e foi criada na Ilha Ínsua, terra indígena Guató, na fronteira entre Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bolívia, em pleno Pantanal. Já adulta mudou-se para a cidade de Corumbá onde, por indicação da amiga Josefina (em memória), deu sequência à arte que estava sendo gradativamente apagada da memória cultural brasileira. “Desde quando Josefina partiu, em 2013, percebi a necessidade de ensinar os mais jovens e os demais interessados a produzir o nosso artesanato típico do Pantanal, que é 100% sustentável”, revela Catarina.
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