Mato Grosso deve liderar até 2022 produção brasileira de soja
Brasil - Agricultura - Volume de Grãos
Principal produtor brasileiro de soja, Mato Grosso deve elevar em 61,9% a produção de oleaginosa em uma década. Sustentado pela incorporação de novas áreas à atividade o volume de grãos saltará de 24,1 milhões de toneladas em 2013 para 39,1 milhões de toneladas a serem colhidas na temporada 2021/22. É o que projeta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), por meio do AgroMT 2022 Outlook, estudo inédito sobre o comportamento da agropecuária estadual e divulgado nesta sexta-feira (21), em Cuiabá.
Daniel Latorraca, gestor do Imea, declarou que será possível expandir a produção da cultura no estado graças à incorporação de aproximadamente 4 milhões de hectares. Na prática, deve passar de 7,9 milhões de hectares em 2012/13 para 11,9 milhões de hectares em dez anos. São áreas já abertas e atualmente ocupadas pela pecuária.
"O crescimento da área estará atrelado à regiões como a Nordeste que deve dobrar o espaço e chegar a 2,4 milhões de hectares. Uma produção maior fará com que outras produções também evoluam", afirmou o economista, durante apresentação do estudo na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
A região Nordeste registrará uma das maiores transformações. A chamada fronteira agrícola possui a maior área de pastagem do estado, com 6 milhões de hectares. Deste total, 3,1 milhões têm condições de serem usados na agricultura. São áreas planas, já abertas e de solo degradado, que podem ser adaptados para o plantio de grãos.
Segundo o Imea, só esta região vai alavancar de 1,2 milhão de hectares para 2,4 milhões de hectares, o correspondente a um crescimento de 104% em dez anos. Acompanhando a mesma tendência também vão registrar crescimento na área agricultável o Sudeste (46%); Noroeste (146%); Centro-Sul (100%); Norte (347%); Médio-Norte (9%) e Oeste (24%).
A participação mato-grossense na safra brasileira de soja também vai crescer. Em 2012/13 o estado contribuirá com 32% de tudo o que for colhido no país. Já em 2021/2022 serão outros 40%.
A tendência é que o crescimento na safra de soja contribua para a atração de indústrias ao estado, além de contribuir para o aumento da oferta do produto. "A produção de soja dará suporte para o crescimento, criando ambiente para que novas indústrias se instalem no estado. Sem ração não há como produzir suínos e aves. No cenário externo crio mais excedente para um mercado chinês e europeu. Seja para consumir o grão ou mesmo a carne", considerou Latorraca.
Para o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, a alta na produção do estado será favorecida pela crescente demanda mundial por alimentos e o aumento da população mundial prevista até o ano de 2022, atualmente estimada em 8 bilhões, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Apesar do crescimento, é preciso ter condições de infraestrutura. Não adianta ter um volume grande de produção e não ser competitivo e não conseguir escoar isso", alertou o representante, durante apresentação do estudo.
Crescimento por região
Conforme Celidônio, a soja continuará na posição de destaque e será o carro-chefe da economia estadual até 2022. A região Médio-Norte, onde está o principal celeiro produtivo do Brasil contribuirá com 29% de toda safra estimada para a unidade federada.
Já no Nordeste a participação deve somar 20%, mesmo percentual do Sudeste. O Oeste produzirá 11% de tudo que o estado vai ofertar em dez anos; Noroeste e Centro-Sul, 8%, cada um e Norte, 4%.
g1.globo.com/KF
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