Há 62 anos, nascia a televisão no Brasil
Brasil - Pesquisa - Aparelho de TV
A cena está no imaginário de muita gente: a família reunida em volta da TV no último episódio daquela novela que bateu recordes de audiência, na partida da Copa do Mundo em que a seleção brasileira está disputando a final, ou mesmo no telejornal que vai noticiar a morte de alguém importante. Há 62 anos, a televisão está presente no dia a dia dos brasileiros, não importa a classe, a profissão, visão religiosa ou política. A forte presença deste equipamento na casa do brasileiro é comprovada pelo IBGE: 95,1% das residências têm o aparelho, enquanto as geladeiras estão presentes em 93,7%. Ou seja, tem casa que tem TV, mas não tem geladeira!
As transmissões de televisão no Brasil começaram em 18 de setembro de 1950. O aparelho chegou ao país trazido por Assis Chateaubriand, que fundou o primeiro canal de televisão, a TV Tupi. Desde então, a televisão cresceu e hoje representa um fator importante na cultura popular moderna das pessoas e tornou-se parte da identidade cultural do brasileiro. A TV lança moda, inspira comportamentos e cria vínculos entre quem está do lado de cá da tela.
A dona de casa Maria da Glória Araujo, 82 anos, viu de perto como a chegada da televisão mexeu com a rotina das pessoas. Foi na em sua casa, na cidade industrial de Anápolis, em Goiás, que chegou a primeira televisão da região. Ela conta que as diferenças da TV em seus primórdios e hoje em dia são grandes: “Primero, eram poucos canais. Você não tinha muita opção e isso contribuía para que unisse a gente, porque as pessoas ficavam todas sentadas na sala”.
O controle remoto, segundo ela, nem fazia falta, porque as estações eram tão poucas que nem precisava mudar o canal. E ela faz questão de comparar: “As novelas eram muito melhores que as atuais. Hoje, fico encabulada com a mente dos escritores, que só pensam em maldade”, conta dona Gloria.
Na casa de Carlos Candi, aposentado, 58 anos, a TV também representava um ponto de encontro da família: “Só existia uma TV em casa, então constantemente assistíamos TV juntos. E os vizinhos vinham assistir futebol junto com a gente, durante a Copa do Mundo”.
Para ele, a diferença na evolução do aparelho de TV é “surpreendentemente notável”. “As primeiras televisões funcionavam praticamente a válvula, que eram muito grandes e muito pesadas, e depois vieram as transistorizadas que substituíram as anteriores. E hoje, chegaram as digitais que interagem com as pessoas. Em termos de programação, houve mudanças, mas não tão latentes quanto as mudanças de tecnologia. Na época, tinha programas de auditório, novelas, futebol, telejornais, filmes, como hoje”, conta.
Aposentado desde 2005, Carlos Candi diz que a TV está ainda mais presente em sua vida. “Agora, eu tenho mais tempo livre. Assim, posso ver filmes e jogos até mais tarde sem ter a preocupação de ter que acordar cedo no outro dia para ir trabalhar”, revela.
Na infância, seus programas preferidos eram filmes e lutas. Na adolescência, os programas de auditório e jogos de futebol. Hoje, além de tudo que já assistia, ainda vê telejornais e programa de perguntas e respostas.
Quando perguntado se a TV ainda vai ter vida longa, a resposta do aposentado, morador da Candangolândia, nos arredores de Brasília, é certeira: “Eu acredito que sim, pois ainda é o maior meio de comunicação de massa. A TV está mudando para melhor, a qualidade de imagem e som está melhorando, o equipamento é cada vez mais compacto. São razões para acreditar que ela está melhor”, avalia.
Telenovela, um produto genuinamente brasileiro
Desde o lançamento da primeira novela no Brasil, “Sua vida me pertence”, em dezembro de 1951, esta continua sendo a mais popular entre as formas de entretenimento na televisão. Ainda hoje, com tantos outros meios ao alcance, a novela segue gerando discussões e debates acalorados sobre o destino de seus personagens. Mesmo quem não assiste acaba sabendo um pouco do que se passa, já que as tramas viram material para comentários em rodas de bar e no trabalho.
O gênero mudou muito desde a primeira novela, que não era diária e foi transmitida apenas para São Paulo. Mas a novela caiu imediatamente no gosto do brasileiro, que não queria esperar uma semana para assistir à continuação do enredo. O passo seguinte foi a novela diária.
A primeira novela exibida todos os dias foi “25499 Ocupado”, lançada pela TV Excelsior, expediente logo seguido pelas demais emissoras. Entretanto, a novela que marcou época naquele começo foi “Direito de Nascer”, em 1965, que ficou mais de dois anos no ar. A hora de assistir a esta novela era um acontecimento nos lares brasileiros.
A partir dos anos 60, houve grandes modificações na estrutura e linguagem das novelas, que começaram a introduzir elementos mais populares e ao gosto da população, além de toques políticos, como em “O Bem Amado”, de 1973, a primeira telenovela em cores do Brasil.
Também no final dos anos 60 e início dos anos 70, as emissoras começam a abrir horários para duas ou três telenovelas, consagrando o gênero mais popular do Brasil.
A TV digital
E a televisão não para de surpreender os telespectadores brasileiros. Hoje, o país vive a transição da TV analógica para a digital. Além de oferecer uma maior qualidade de som e imagem, a nova tecnologia permite, por meio do padrão nipo-brasileiro, a experiência inovadora de assistir televisão em equipamentos móveis, como celulares, tablets, aparelhos GPS e minitelevisores.
Além disso, a televisão digital traz o conceito da interatividade para a TV. Isso significa que, em breve, os brasileiros poderão, por exemplo, realizar aplicações bancárias ou agendar consultas médicas usando apenas o controle remoto da TV.
Atualmente, cerca de 600 emissoras e retransmissoras em todos os Estados do país já operam em sinal digital. A expectativa do governo é desligar os canais analógicos em 2016, quando todos os canais já estiverem funcionando com a nova tecnologia.
"Tipos" de emissora
Tecnicamente, a televisão é classificada como um tipo de serviço de radiodifusão destinado à transmissão de sons e imagens. No Brasil, a TV é classificada de acordo com sua finalidade: comercial ou educativa. A televisão comercial tem uma programação que pode ser usufruída livre, direta e gratuitamente pelo público em geral e seus proprietários podem fazer a exploração comercial de espaços publicitários, respeitados os limites previstos em lei. Já as TVs educativas destinam-se à transmissão de programas exclusivamente educativo-culturais, não tendo caráter comercial, e nem fins lucrativos.
Para entrar em operação, as TVs precisam ter concessão do Governo Federal, através de um processo que tramita no Ministério das Comunicações.
Nas duas situações, depois que o MiniCom declara o vencedor de cada seleção, o processo é encaminhado à Presidência da República, para aprovação. Após o aval do presidente, o contrato volta ao ministério e é enviado ao Congresso Nacional, que deve ratificar ou não a concessão.
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