Empresas investem em redução de riscos ambientais
Mundo - Ecologia e Meio Ambiente - Impacto Ambiental
Diante dos recentes vazamentos de petróleo no Brasil e no exterior, as empresas do setor estão investindo em novas tecnologias e programas de monitoramento para minimizar o impacto ambiental de suas operações. As iniciativas vão desde o desenvolvimento de material mais resistente às condições de pressão e temperatura do pré-sal até a elaboração de bancos de dados da vida marinha.
A Petrobras, por exemplo, está concentrando esforços no desenvolvimento de um tipo de aço que não trinca mesmo a profundidades superiores a cinco mil metros abaixo do solo marinho. O objetivo é substituir o material usado hoje no revestimento de poços do pré-sal, o chamado super flex, por uma versão mais barata. O super flex já é mais resistente que o aço comum, mas seu custo é de cinco a seis vezes superior.
— Estamos tentando alterar a composição do produto siderúrgico para torná-lo ainda mais resistente e mais barato, com o máximo de conteúdo nacional possível — disse Solange Guedes, gerente-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, frisando que o novo material vem sendo desenvolvido em parceria com a indústria siderúrgica e está em fase de testes.
A empresa não divulga o investimento no projeto, mas vem ampliando a aplicação de recursos em projetos ambientais. Em 2011, foi US$ 1,625 bilhão, ante US$ 1,377 bilhão em 2010 e US$ 984 milhões em 2009. As cifras abrangem projetos do pré-sal e do pós-sal e incluem programas de redução de emissão de resíduos, tecnologias ambientais, capacidade de reação a situações de emergência, entre outros.
Robôs-mergulhadores na Bacia de Santos
Parceira da Petrobras em quatro blocos na Bacia de Santos, a nova fronteira petrolífera no país, a britânica BG está dando especial atenção ao monitoramento de indicadores da vida marinha que lhe permitam ter uma resposta mais rápida a um eventual acidente, evitando episódios como o derramamento de óleo na Baía de Guanabara pela Petrobras em 2000.
Em parceria com a Coppe/UFRJ, a BG desenvolve um programa de observação de oceanos, baseado na coleta de informações por sensores lançados ao mar e por robôs-mergulhadores capazes de alcançar profundidades de até dois mil metros abaixo da superfície do mar. Também serão coletados dados a partir de imagens de satélites que vão monitorar a Bacia de Santos, onde estão as grandes apostas do pré-sal.
— As informações que serão coletadas vão desde a intensidade e direção das correntes marítimas até a presença de plâncton (micro-organismos essenciais no ecossistema marinho). Assim, poderemos entender melhor a dinâmica do oceano — explicou Luiz Landau, professor de engenharia civil da Coppe, que está à frente do programa.
A BG está investindo R$ 20 milhões nesta iniciativa, inédita no Brasil e batizada de Projeto Azul. De acordo com Flávia Adissi, da BG Brasil, as informações ficarão disponíveis à academia em um banco de dados.
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), que reúne empresas do setor no país, também está empenhado em reforçar os projetos de segurança ambiental. Uma das ações em curso é a negociação para a importação de um equipamento que funciona como um funil invertido. Ele é acoplado à cabeça do poço submerso que está vazando e é capaz de recolher o óleo que está chegando à superfície. A ideia, segundo o gerente de Meio Ambiente do IBP, Carlos Henrique Mendes, é que um exemplar deste equipamento — usado no acidente da BP no Golfo do México em 2010 — fique à disposição das empresas no Brasil.
oglobo.globo.com/KF
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