Mano em xeque: faltas de diálogo e de padrão tático incomodam atletas
Brasil - Esporte - Técnico do Corinthians
Foto: Daniel Augusto Jr.
A sequência negativa e a falta de padrão tático do Corinthians no Campeonato Brasileiro não vêm irritando somente a torcida, mas também os jogadores alvinegros.
O clima no vestiário após a derrota para o Figueirense, há uma semana, e principalmente após o empate com o Atlético-PR, na última quarta, foi de velório. Alguns atletas não entendem as constantes mudanças do técnico Mano Menezes e já estão irritados com a falta de diálogo entre o comandante e o elenco.
O tom adotado pelo treinador nas entrevistas coletivas também incomoda - Mano raramente admite erro em alguma decisão e condicionou recentemente a melhora do time à chegada dos reforços de Elias e Lodeiro. A insatisfação se estende a outros membros do departamento de futebol.
Pessoas ouvidas pela reportagem relataram que o estilo mais calado de Mano – definido ao início da temporada pelo zagueiro Paulo André, hoje no futebol chinês, como “sargentão” – tem dificultado a compreensão de boa parte dos jogadores em relação ao trabalho do treinador. O principal interlocutor do comandante corintiano é o auxiliar Sidnei Lobo, com quem trabalha desde a época de XV de Novembro de Campo Bom-RS (2003-2004).
Nos últimos três jogos, dois empates e uma derrota. E três escalações diferentes. Se a defesa parece estabelecida com Fagner, Gil, Cléber e Fábio Santos, o meio-campo e o ataque seguem “mutantes”. Do 4-4-2 que será utilizado neste domingo, contra o Sport, na Ilha do Retiro, ao 4-5-1 do empate com o Atlético-PR, na última quarta, Mano Menezes admite que ainda precisa de tempo para alinhar a relação com os jogadores.
– Isso você ganha no jogo em si. A relação no futebol é de confiança mútua. À medida que você constrói os resultados dentro de campo, os jogadores passam a confiar na maneira de jogar. E aí se estabelece aquilo que quer – diz o treinador.
Vaiado pela Fiel no estádio do Canindé após o tropeço em casa contra o Atlético-PR, Mano Menezes evitou qualquer tipo de polêmica com a torcida.
Disse que a reação dos alvinegros é compatível com o que vem sendo apresentado dentro de campo. O diretor de futebol Ronaldo Ximenes tem opinião semelhante, mas acredita que o técnico mereça mais tempo antes de ser avaliado – principalmente por conta da passagem vitoriosa que teve no Corinthians entre 2008 e 2010.
– Temos de ter paciência. O torcedor está criticando e vaiando de forma legítima, mas temos de dar tempo para o trabalho. O Mano ainda está encontrando a melhor forma de a equipe jogar. Temos de lembrar que em 2008 ele teve tempo de montar o time, que depois deu vários titulares à equipe que seria campeã da Libertadores – argumentou o dirigente.
O apoio do presidente Mário Gobbi foi fundamental para a contratação de Mano, que não foi unanimidade na diretoria do Corinthians. Fontes ligadas ao clube asseguram que o estilo do técnico mudou muito após as passagens pela seleção brasileira e pelo Flamengo. No Rubro-Negro, o atual treinador do Timão pediu demissão após quatro meses, sob o argumento de que não havia conseguido passar ao elenco o que pensava sobre futebol.
Os relatos das pessoas ouvidas pela reportagem condizem com as declarações do atacante Emerson Sheik, atualmente emprestado ao Botafogo, que não poupou críticas a Mano Menezes ao deixar o Parque São Jorge. O atleta definiu o técnico como “limitado” e se revoltou com a falta de integração dele com o elenco.
– É um cara que parece que não tem humildade de perguntar, de pedir ajuda. É ele, e ele – disse Sheik, há um mês.
O contraste com a política adotada por Tite, a quem Mano sucedeu a partir de janeiro deste ano, também colabora para deixar parte do elenco do Corinthians com um pé atrás em relação ao atual técnico. Tratado como “paizão” pelos atletas, o antigo treinador chamava constantemente os atletas para conversas particulares e pedia diversas opiniões antes de tomar as próprias decisões.
O próximo jogo do Corinthians é domingo, contra o Sport, na Ilha do Retiro. Romarinho voltará a ser titular.
Carlos A. Ferrari, Diego Ribeiro e Rodrigo Faber/Globo Esporte/JE
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