Sony quer terminar reformas para recuperar lucro neste ano fiscal
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Foto: valor.com.br
A japonesa Sony quer completar a reforma de sua área de eletrônicos antes de março do ano que vem e lançar as bases para voltar a ter operações rentáveis, informou hoje a companhia durante apresentação de sua estratégia corporativa para o ano fiscal de 2014.
“Este será o ano em que vamos completar essa reestruturação e permitir a transição para uma estrutura de alta lucratividade para entregar um crescimento sustentável”, afirmou o presidente do grupo, Kazuo Hirai. “Não vamos nos estender nessas alterações para o ano fiscal de 2015”, garantiu.
A ideia é completar até o início julho a alienação de sua área de fabricação de computadores pessoais. Também será criada uma nova entidade, a Sony Visual Products, para cuidar da produção de televisores, mas somente após medidas de redução de custos fixos entrarem em curso. A empresa acredita que já neste ano fiscal a divisão de TVs volte a dar lucro.
No total, a Sony projeta corte de 20% nos gastos referentes à fabricação e venda de equipamentos eletrônicos. Com despesas administrativas e de suporte, essa queda seria de 30%. A meta é alcançar esses patamares durante o ano fiscal de 2015, que termina em março de 2016.
Para conseguir alcançar esses ganhos, a japonesa já havia informado que vai gastar mais de 300 bilhões de ienes (US$ 3 bilhões), somando o que já foi gasto no exercício fiscal passado e o que será utilizado até março do ano que vem.
O que será mantido
A Sony, do outro lado, quer manter e melhorar a rentabilidade de seus principais segmentos. Na divisão de videogames, a ideia é expandir a base já grande de usuários que preferiram o PlayStation 4 e manter a liderança no mercado de consoles de jogos. De seu lançamento até abril, foram vendidas 7 milhões de unidades do videogame.
Dentre seus negócios com aparelhos móveis, o grupo vai reforçar a produção de seu dispositivo Xperia e realizar parcerias com operadoras nos Estados Unidos para aumentar sua presença no mercado americano. Enquanto isso, a empresa vai analisar os riscos ligados ao setor e pensar em possibilidades para a operação.
Na área de entretenimento, que reúne tanto os canais de TV como o estúdio de cinema, o objetivo da Sony é conseguir reduzir em US$ 300 milhões os custos fixos até o fim do ano fiscal de 2015. Para o segmento de imagem digital, a companhia pretende aumentar a capacidade instalada para fabricar sensores CMOS e focar em equipamentos médicos.
Reação
Sem muitas novidades, a atualização da estratégia do grupo japonês para sua divisão de eletrônicos agradou o mercado. As metas levaram os ADRs da empresa, que são recibos de depósitos de ações, a subirem no pré-mercado da Nyse, bolsa de Nova York. Há pouco, os papéis avançavam 2,31%, para US$ 16,42.
Os investidores receberam bem praticamente todas as tentativas da Sony de tentar recuperar a rentabilidade. Os analistas viram com bons olhos a saída da divisão de PCs, por exemplo, depois que o mercado se deteriorou demais. Além disso, competir com gigantes na produção de TV como a Samsung e a LG tornou-se cada vez mais difícil.
No ano fiscal de 2013, findo em março deste ano, a companhia amargou prejuízo líquido de 128,4 bilhões de ienes (US$ 1,25 bilhão), considerando a parcela que é atribuível a controladores. No exercício anterior, houve lucro de 41,5 bilhões de ienes. A receita líquida, porém, subiu 14,3%, para 7,77 trilhões de ienes.
Renato Rostás/Valor/JE
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