Sete razões para o mau momento do Galo em 2014
Brasil - Esporte - Erros e Infortúnios
Foto: Globo Esporte
Após a eliminação da Taça Libertadores, na última quinta-feira, no empate em 1 a 1 com o Nacional-COL, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, chamou toda a responsabilidade para si e admitiu que foi o culpado pelo momento ruim que o time vem tendo no primeiro semestre.
Mas os erros do Galo em 2014 podem ser divididos. Entre diretoria, comissão técnica, jogadores e até para a própria torcida. O time campeão da Libertadores do ano passado nem de longe lembra o atual, que está há seis jogos.
Mas nem só de culpa vive o Atlético-MG em 2014. Os infortúnios do destino também contribuem bastante para a fase atual. Jogadores lesionados, dívidas de administrações passadas e o calendário apertado por conta do Mundial em dezembro ajudaram o Galo a chegar ao momento mais nebuloso dos últimos três anos. Confira os fatores que contribuíram para o time alvinegro ter chegado à difícil fase atual:
Bloqueio do dinheiro da venda de Bernard
Os R$ 54 milhões referentes à venda do atacante Bernard ao Shakhtar Donetsk-UCR ainda não chegaram aos cofres do clube. O dinheiro foi bloqueado pela Fazenda Nacional ainda em agosto, quando o negócio foi fechado, e até o momento não foi liberado.
A diretoria do Atlético-MG já se reuniu diversas vezes com o Ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luis Adams, e o desfecho pode ter fim até o meio do ano. Fato é que, por conta do bloqueio, o clube não teve poder de fogo para contratar jogadores para a temporada atual, além de ter atrasado salários em alguns meses no segundo semestre do ano passado e neste ano.
Saída de Cuca e escolha de Paulo Autuori
Em dezembro do ano passado, Kalil tuitou que Cuca havia renovado por mais uma temporada. Dias depois, o treinador recebeu proposta milionária do Shandong Luneng-CHI. No Marrocos, onde o clube disputaria o Mundial, o treinador anunciou a saída.
A diretoria não perdeu tempo. Kalil acertou com Paulo Autuori após consultar o diretor Eduardo Maluf e o preparador Carlinhos Neves, que já trabalharam com o treinador. Apesar da grande rejeição da torcida, por conta dos trabalhos fracos no Vasco e no São Paulo, em 2013, os jogadores atleticanos aprovaram a chegada do treinador. Com a campanha irregular na Libertadores, Autuori foi demitido.
Paciência da torcida
Depois do ano em que entrou para a história, o torcedor atleticano ficou ávido por vitórias. Mas a chegada de Autuori causou rebeldia da torcida já no início do trabalho. Na primeira partida do ano, no empate sem gols com o Minas Boca, pelo Mineiro, o torcedor que compareceu à Arena Jacaré, em Sete Lagoas, não poupou o treinador e o chamou de burro.
A falta de paciência só foi aumentando, e garotos como Alex Silva, que subiu aos profissionais neste ano, sentiram a pressão. Além disso, jogadores consagrados como Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Fernandinho já não são mais unanimidades entre os torcedores.
Problema crônico na lateral esquerda
Para a temporada 2014, o clube não renovou com Junior Cesar, o jogador mais regular que passou pela posição nos últimos anos. Apostou na contratação de Pedro Botelho, que até o momento fez apenas uma partida com a camisa do Galo - na verdade 20 minutos em campo até sentir dor muscular. Durante a temporada, Autuori improvisou o jovem Alex Silva na posição, já que o jogador é lateral-direito de origem. Improvisou também o meia Dátolo. E viu como salvação o desconhecido Emerson Conceição, lateral esquerdo nato. Contratado junto ao Rennes-FRA, o jogador ainda não caiu nas graças da torcida após atuações discretas.
Lesão de jogadores importantes
A bruxa esteve solta na Cidade do Galo no início do ano. O atacante Luan sofreu uma lesão no joelho, assim como a revelação Lucas Cândido. O zagueiro Réver, destaque na campanha do ano passado, teve de passar por uma cirurgia no tornozelo.
Emerson, substituto imediato do defensor, fraturou o tornozelo e ficará fora até depois da Copa do Mundo - assim como Luan e Lucas Cândido. Se já não bastassem as lesões dos que já estavam no clube, o lateral Pedro Botelho, contratado para suprir a carência da lateral esquerda, chegou lesionado e, depois de se recuperar, voltou a sentir lesão muscular após a estreia.
Perda de foco
Após o título da Libertadores no ano passado, o clube convive com a falta de foco em grandes conquistas. Em 2014, o que se viu em campo foram jogadores com postura bem diferente. E o clima da equipe contagiava o torcedor. Na atual temporada, em nenhum momento o time conseguiu essa sintonia com as arquibancadas.
Perdeu o Estadual para o Cruzeiro com dois empates sem gols e, no segundo jogo, no Mineirão, quando precisava vencer, não demonstrou vontade necessária para fazer um gol e levantar a taça. Na Libertadores, empatou com o Nacional-PAR em casa e perdeu para o Nacional-COL fora de casa, sem demonstrar a conhecida vontade de 2013.
Queda de desempenho das estrelas
Jogadores importantes do elenco alvinegro parecem que ainda não estrearam na temporada. Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Fernandinho, responsáveis pelos gols atleticanos, nem de longe lembram os jogadores que foram durante quase todo o ano passado.
R10 convive com a falta de ritmo, mas foi poupado da maioria dos jogos do clube no Estadual. Nas partidas decisivas, não rendeu o esperado.
Tardelli, por sua vez, jogou bastante. Mas somente no segundo tempo do jogo contra o América-MG, na primeira fase do Estadual, quando marcou dois gols na vitória por 3 a 2, foi decisivo e mostrou bom futebol. De resto, correu muito, mas a falta de confiança insistiu em fazê-lo passar em branco.
Fernandinho desencantou depois de 16 jogos. No Brasileiro, contra o Grêmio, depois de quatro meses de futebol em 2014, o jogador marcou na derrota por 2 a 1. Na semana seguinte, na eliminação para o Nacional-COL, foi o autor do gol do empate. Mas nas partidas anteriores, além de não marcar gols, ajudou pouco os companheiros no ataque.
Globo Esporte/JE
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