Óleo diesel vaza em descarrilamento
Brasil - Segurança Pública - Descarrilamento de Óleo Diesel
Ontem, por volta das 10h45, cinco vagões carregados com óleo diesel descarrilaram na altura do quilômetro 293 mais 600 metros da linha férrea, no trecho que corta o bairro da Igualdade, em São Manuel (69 quilômetros de Bauru). Houve vazamento de parte do combustível.
A previsão da América Latina Logística (ALL), concessionária que administra a malha ferroviária, era de que o tráfego de trens no local fosse liberado apenas durante a noite.
O descarrilamento ocorreu próximo à antiga Estação de Toledo, entre São Manuel e Rubião Junior, distrito de Botucatu. A composição havia saído de Paulínia com destino a Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A reportagem apurou que cada vagão transportava cerca de 60 mil litros de diesel. A quantidade de óleo que vazou não foi informada pela ALL.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, Plínio Mércio Baldoni, os constantes acidentes na região têm sido provocados pela falta de manutenção na via e de investimento nos materiais rodantes, aliada às excessivas jornadas de trabalho.
No último sábado, dia 25, segundo ele, ocorrência semelhante foi registrada na entrada de Agudos. Na ocasião, três vagões teriam tombado, sem que houvesse o vazamento de combustível, e o tráfego de trens no trecho só teria sido liberado um dia depois, no domingo. Na polícia Civil, não há registro do acidente.
“A via permanente está bem precária”, declara. “Quando o maquinista pega o boletim de serviço, ele tem restrição a todo o momento, a cada dez ou quinze quilômetros.
Uma hora ele está a 18 quilômetros por hora, outra hora ele tem que voltar o trem a 5 quilômetros por hora. Fica muito terrível para o maquinista conduzir o trem”.
Conforme o diretor da entidade, neste caso, existe agravante de que o maquinista estava operando a composição no regime de monocondução, ou seja, sozinho, sem a presença de auxiliar, prática que vem sendo criticada há anos pelo sindicato. Ele revela ainda que, em razão do descarrilamento, 150 metros de via férrea foram destruídos.
Por meio da assessoria de imprensa, a ALL informou que três vagões com óleo diesel apresentaram vazamento. Segundo a empresa, o problema foi rapidamente contido e não houve feridos.
“Equipes da ALL trabalham na remoção da carga e dos vagões acidentados, além do monitoramento da área”, diz. “A empresa abriu sindicância para apurar as causas do acidente”.
O JC entrou em contato com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) para obter informações sobre o vazamento de óleo diesel mas, até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa do órgão não havia dado retorno.
“Prática segura”
Em relação à monocondução, a ALL alega que trata-se de uma prática segura, comprovada por laudo pericial técnico em ação civil pública transitada em julgado, sem a possibilidade de recurso.
Segundo a concessionária, a modernização dos equipamentos e tecnologia embarcada implantados fazem com que o sistema seja uma “opção plenamente viável e segura”.
“Na monocondução, o condutor opera com o auxílio de equipamentos de alta tecnologia, como computador de bordo e sistema de navegação via satélite”, revela.
“Na malha Sul do País, também operada pela ALL, a monocondução é praticada há 14 anos, sem qualquer registro de acidente causado por esta prática”.
Lilian Grasiela/JE
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