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Foram iniciadas esta semana as obras de recapeamento da Avenida Guaicurus, uma das principais vias de ligação entre as regiões leste e oeste da Capital, que haviam sido anunciadas no ano passado pela administração anterior e provocado protestos entre moradores e usuários.

Com pouco mais de 10 quilômetros de extensão, a via, construída sob as torres de transmissão de energia elétrica, com início no macroanel viário da BR-163 e término na rua Lagoa da Prata, no Jardim Centenário, corta 16 bairros em seu eixo principal, com um dos trechos atendendo indústrias e linhas de ônibus de acesso ao terminal rodoviário de Campo Grande.

Dois dos lotes de recapeamento começaram na segunda-feira e o terceiro ontem, com os trabalhos em uma das pistas para reduzir ao mínimo o impacto das interdições sobre o sistema viário, conforme explicou o secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz.

Ele destacou que, durante os serviços de recapeamento, que devem durar cerca de cinco meses, o tráfego será desviado para as ruas paralelas e por uma das mãos da avenida, enquanto os trabalhos se concentram na outra. Segundo Semy, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) vai orientar os motoristas durante os serviços.

De acordo com a assessoria da Prefeitura, o projeto de recapeamento da Avenida Guaicurus está orçado em R$ 9,4 milhões e prevê, além da recomposição do pavimento, ciclovia e nova sinalização, mobilizando cerca de 300 trabalhadores durante as obras em ritmo normal.

Os dois lotes iniciados na segunda-feira abrangem o trecho entre a Avenida Gury Marques e o macroanel rodoviário e no outro extremo, da Gury Marques até o Museu José Antonio Pereira. O terceiro trecho, que começou ontem, será entre o Museu José Antonio e a Rua Lagoa da Prata.

Semy também explicou que será aberto um novo processo licitatório para a construção da ciclovia ao longo do traçado do canteiro central, pois a empresa que venceu a disputa desistiu porque a proposta aprovada, de R$ 826.120,88, foi considerada insuficiente para cobrir os custos, estimados em R$ 1 milhão.

Asfalto

Também ontem, a Prefeitura de Campo Grande iniciou a licitação das primeiras obras de pavimentação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II), lançando os primeiros editais que contemplam os complexos dos bairros Mata do Jacinto, Portal do Panamá, Atlântico Sul e Jardim Seminário.

Com recursos de R$ 312 milhões, o projeto contempla serviços de infraestrutura urbana, como galerias de águas pluviais, asfalto, mobilidade, acessibilidade e sinalização viária. As propostas dos editas serão abertas em 16 de maio e a liberação dos recursos será imediata para o início das obras.