Foto: CPB

Os halterofilistas que representaram o Brasil no Mundial Paralímpico de Halterofilismo, em Dubai, nos Emirados Árabes, retornam para casa com duas medalhas conquistadas, na melhor campanha brasileira em um campeonato mundial da modalidade.

Até então, o país nunca havia conquistado um lugar no pódio nessa competição, realizada a cada quatro anos e uma importante etapa do caminho rumo aos Jogos do Rio-2016.

Durante sete dias, de 5 a 11 de abril, oito brasileiros entraram em ação entre os mais de 360 competidores de 60 países. No Mundial de Dubai, o Brasil contou com: Bruno Carra, Maria Luzineide Oliveira, Rafael Vansolin, Evânio Silva, Rodrigo Marques, Márcia Menezes, Josilene Ferreira e Emerson Barbosa. As medalhas brasileiras foram conquistadas pelo mineiro Rafael Vansolin, campeão júnior na categoria até 72kg; e pela paranaense Márcia Menezes, bronze (até 79kg) no adulto.

Para o coordenador do halterofilismo no Comitê Paralímpico Brasileiro e chefe de delegação em Dubai, Felipe Dias, a seleção cumpriu o objetivo. “Nossa meta era conquistar medalha, e conseguimos. Este é um momento representativo para nosso esporte. No geral, a participação foi muito boa, com resultados previstos pela comissão técnica”, resumiu.

A animação do coordenador é justificada pela evolução da campanha em relação ao último Mundial, em Kuala Lumpur, na Malásia, em 2010. “Foi a primeira vez que levamos um atleta júnior [Rafael Vansolin, até 72kg] e ele foi campeão, tivemos a medalha da Márcia, a primeira nos adultos da história para o Brasil, e outros atletas superando suas marcas pessoais e ficando sempre entre os 10 primeiros. Toda essa evolução é animadora para os próximos compromissos, que são o Parapan de Toronto-2015 e os Jogos do Rio-2016”, concluiu.

Valdecir Lopes, um dos técnicos brasileiros que acompanhou os atletas nos sete dias de disputas, compartilhou com a opinião do chefe de delegação Felipe Dias. “A nossa modalidade é relativamente nova. Até então, vínhamos para um Mundial buscar experiência, agora somos vistos como possíveis medalhistas”, lembrou.

Ele ainda pontuou a importância de ter um campeão júnior na seleção. “Quem trabalha com alto rendimento sabe como é árdua a tarefa de formar um atleta. O Rafael nos encheu de orgulho porque é novo, vai se desenvolver e ainda pode servir de espelho para outros. Conseguimos aqui o que queríamos e vamos seguir o trabalho, com metas, treinos e tudo que pudermos fazer para continuar subindo e aparecendo nos pódios”, completou.

A delegação desembarca no Brasil neste sábado, 12, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O grupo chega ao país às 16h30, pelo voo 0261 da companhia Emirates.