Suspeitos queriam matar empresário de MS desde o início, diz delegada
Estado - Polícia - Assassinatos
Foto: G1 MS
Para a delegada Maria de Lourdes Souza Cano, responsável pelas investigações sobre o latrocínio contra Erlon Peterson Pereira Bernal, de 33 anos, em Campo Grande, os suspeitos de envolvimento no crime tinham intenção de matar o empresário desde o início. "Eles [presos] dizem que não, mas [bandidos] não permitem que o vejam. No caso do Erlon, ele viu todos", diz.
A titular da Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (Defurv) lembra ainda que os suspeitos falam sobre o crime de forma "fria" e já tinham preparado a fossa onde o corpo foi encontrado, em uma residência do bairro São Jorge Lagoa. "O local já estava pronto".
Estão presos pelo latrocínio: Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos; Jeferson dos Santos Souza, de 21 anos e Rafael Diogo, de 24 anos. Uma adolescente de 17 anos está apreendida. Um rapaz foi detido e solto após ser verificado que não tinha envolvimento no crime e um funileiro de 50 anos foi liberado após pagar quatro salários minímos de fiança.
Dos três rapazes, apenas Thiago Ribeiro confessa participação, porém, não detalha o que fez. O dono da funilaria onde o Golf da vítima estava alega que não sabia que o carro era roubado. Eles foram apresentados à imprensa nesta quarta-feira (9).
O crime
Erlon Bernal anunciou a venda do carro dele, um Golf, em um classificados na web no dia 1º e poucas horas depois mostrou o veículo a uma pessoa que viu o veículo pela internet.
O encontro foi na avenida Interlagos e de lá, segundo a titular da Defurv o suspeito levou o empresário até a residência do bairro São Jorge da Lagoa, onde havia mais duas pessoas a espera. Lá, ele foi morto.
Segundo a polícia, Erlon Bernal foi morto com um tiro na nuca no quintal da casa. O cadáver foi arrastado até a fossa e coberto por terra e entulho. Foi preciso ajuda do Corpo de Bombeiros e de uma retroescavadeira para retirada.
Maria de Lourdes afirma que já sabe quem atirou no empresário, porém, ainda não divulga porque há contradições nos relatos dos suspeitos e aguarda o resultado de mais investigações, assim como a localização da arma de fogo usada para matar o Erlon Bernal, que era casado e tinha um casal de filhos crianças.
O carro dele foi encontrado em uma funilaria do bairro São Conrado. A cor prata havia sido substituída pela branca e as placas originais de Campo Grande, por outras de Ponta Porã, mas de mesmo modelo de veículo. As rodas também foram trocadas.
A polícia suspeita que os presos já tinham a placa de um Golf de cor branca e por isso procuravam um automóvel do mesmo modelo. Um dia antes, eles entraram em contato com outra pessoa que vendia um Golf.
O dono do veículo encontrou o suposto comprador também na avenida Interlagos e foi com ele até a residência do São Jorge da Lagoa, porém, não entrou porque os demais envolvidos não estavam lá no momento.
De acordo com a delegada, os suspeitos dizem que usariam o veículo para cometer crimes, no entanto, a polícia não descarta a hipótese de que o carro seria levado para o Paraguai. A Defurv tem até terça-feira (15) para finalizar o inquérito. A polícia deve fazer reconstituição do crime.
A polícia também suspeita que os presos estejam envolvidos na morte de um ganhador de um título de capitalização, que desapareceu em fevereiro de 2014.
Família
O pai de Erlon, o comerciante Lino Bernal, esteve nesta quarta-feira na Defurv, mas não acompanhou a apresentação dos suspeitos. Ele disse que é preciso mais rigidez na legislação penal. "Talvez prisão perpétua. Se os governantes não fizeram alguma coisa, vai continuar morrendo cidadãos".
O comerciante falou que a família está "estraçalhada" e que viveu dias de "angústia". "Eu estou aqui com a força de Deus".
Ele lembrou da última conversa com o filho por telefone e acredita que tenha sido minutos antes de ser atingido pelo tiro. "Perguntei se estava tudo bem. Ele disse que estava tudo bem e depois eu te ligo e nunca mais ligou", diz.
Depois disso, houve uma ligação da vítima para o pai, que ele encontrou na caixa de mensagens dias depois do filho ter desaparecido. Segundo Lino Bernal, é possível ouvir a conversa de Erlon com a adolescente, que questionava sobre o veículo. Para ele, o filho já estava suspeitando de algo. "Ele não era bobo. Era um menino muito inteligente".
G1 MS/JE
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