Impostos interestaduais obrigam varejistas a reduzirem mordomias do consumidor
Brasil - Comércio - Mordomias do Consumidor
As barreiras interestaduais têm prejudicado empresas do e-commerce nacional. Segundo informações apresentadas nesta quarta-feira (22), durante a divulgação da 26ª edição do relatório WebShoppers, da e-bit, varejistas de todo o País têm encontrado tantas dificuldades para lidar com a tributação imposta ao setor que têm optado pelo fim de alguns dos benefícios do consumidor.
“Para lidar com as barreiras comerciais, os empresários aumentaram de quatro para sete dias o prazo de entrega dos produtos, suspenderam o frete gratuito dos mesmos e ainda adicionaram juros nas compras à prazo”, informou o diretor geral do e-bit, Pedro Guasti.
Segundo ele, a medida até gera insatisfação, mas por outro lado foi a melhr maneira encontrada pelos varejistas para contornar a tributação dos estados.
O que é
O vice-presidente de estratégia da camara-e.net, Leonardo Palhares, explica que a origem do problema está no Protocolo 21. Segundo ele, a medida nada mas é que uma resolução do Confaz que engloba alguns estados brasileiros.
“As regiões que participam dessa medida estabelecem uma regra de recolhimento do ICMS e obrigam varejistas de todo o País a recolherem tal imposto tanto na origem [saída] como no destino [entrada] do mesmo”, explica.
Com isso, o empresário é prejudicado e também o consumidor. “A incerteza regulatória causa atraso, pois as entregas ficam paradas nas barreiras. Além disso, a mesma também sobrecarrega os empresários com altos impostos: enquanto alguns pagam 100% de tributo na origem, outros pagam 150%”, diz Palhares.
Insustentável
Segundo dados do e-bit e da Camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico), hoje o Brasil é o único país do mundo que acostumou seus consumidores com o sistema D+1. Ou seja, entrega em um dia após a compra.
“Esse padrão que estamos habituados é insustentável. A técnica, empregada no início do comércio eletrônico tinha o intuito trazer novos consumidores, mas nos dias atuais e em larga escala, é difícil de ser cumprida”, explica o vice-presidente de estratégia da camara-e.net.
Na visão dele, o ideal é que no futuro, a forma de entrega nacional seja parecida com a adotada pelo varejo norte-americano. “O Amazon, por exemplo, disponibiliza uma entrega Premium, em um dia, para quem tiver urgência de receber seu produto e puder pagar por isso. Nossa expectativa é que, em breve, o Brasil também passe a adotar modelo, levando para o consumidor o custo de uma entrega mais urgente”, diz Guasti.
InfoMoney/JE
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