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O Estabelecimento Penal Feminino de Três Lagoas agora conta com um espaço destinado aos filhos recém-nascidos das internas. O novo berçário é uma conquista para a unidade penal e traz mais conforto e dignidade para as crianças que necessitam estar com as mães nesse momento de aprisionamento.

Para a instalação do local, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) contou com a colaboração do Conselho da Comunidade local.

O novo espaço possui uma área de 57 m² e conta com setores de descanso e de lazer, além de banheiro e cozinha próprios. Com estrutura completa, dispõe de três berços, uma cômoda/roupeiro, um umidificador de ar, ar condicionado, dois carrinhos de bebê, cadeira “bebê conforto”, poltrona para amamentação, cesto para roupas sujas, lixeira com pedal, além de fraldas, roupinhas, dentre outros itens. 

Os bebês deverão ficar no berçário durante o dia, com todos os cuidados necessários, inclusive com o intervalo para a amamentação e atendimento de enfermeira e pediatra. Porém, por enquanto, não há internas com bebê na unidade prisional.  

Grávida de cinco meses e há quatro no presídio feminino fechado de Três Lagoas, a interna D. E., 26 anos, garantiu que a inauguração do berçário a deixa mais tranquila. “Quando fui presa, a primeira coisa que pensei foi no bebê, o sofrimento que poderia ser para ele, mas agora sei que ele será bem cuidado”, destacou, informando que atualmente estuda e trabalha na unidade penal. “Vou poder continuar estudando, trabalhando e remindo a minha pena, enquanto ele fica no berçário”, ressaltou. 
         
A solenidade de inauguração do berçário foi realizada nessa quinta-feira (27) e contou com a presença do diretor-presidente da Agepen, Deusdete Oliveira; da secretária de Assistência Social do Município, Maria Lúcia Firmino; do promotor de Justiça Jui Bueno Nogueira, e do presidente do Conselho da Comunidade, José Rodrigues. 

Durante a cerimônia, o diretor-presidente da Agepen ressaltou que a iniciativa irá contribuir com trabalho de tratamento penal desenvolvido no presídio, tendo em vista que o berçário trará mais segurança aos bebês e propiciará cuidados mais adequados. “Ninguém sofre mais no cumprimento da pena que a mulher e aqui em Três Lagoas, com esse forte envolvimento da sociedade, estamos podendo agora garantir às mães que estiverem aqui com seus filhos um tratamento mais humanizado”, destacou. 

Em seu discurso, a diretora do presídio, Leonice Miranda Rocha Guarini, enfatizou a importante parceria do Conselho da Comunidade, que tem contribuído em várias iniciativas na unidade prisional. Segundo a dirigente, a ação também contou com o apoio voluntário de familiares de servidores, professores, e de toda a equipe do presídio, além da mão de obra de um reeducando do regime semiaberto da cidade. 

Na opinião da diretora, a operacionalização do berçário representa uma vitória tanto para as internas como para administração penitenciária, tendo em vista que além de assegurar a promoção dos direitos humanos, atende a uma exigência estabelecida pela Lei de Execução Penal.