Aumento da renda da classe C traz potencial de crescimento para fundos
Brasil - Economia - Crescimento de Fundos
O número de cotistas em fundos de investimento aumentou em cerca de 2 milhões de investidores no período após a crise financeira global de 2008.
Atualmente esse mercado conta com 7 milhões de cotistas e há grande espaço para crescer com o aumento da renda dos brasileiros que passaram a se preocupar em poupar mais.
“Em um mundo mais incerto, de maior volatilidade, o investidor está vendo o fundo como um local onde pode ter mais segurança para seus investimentos”, afirma Carlos Massaru Takahashi, presidente da BB DTVM, durante evento organizado pela gestora em parceria com a FGV que faz parte do “Projeto de Difusão da Indústria de Fundos”.
Os fundos são hoje a principal modalidade de investimento dos brasileiros. Esse mercado supera US$ 2 trilhões de ativos sob gestão e reúne oito mil fundos e mais de 400 gestoras. Excluindo Irlanda e Luxemburgo, a indústria brasileira de fundos é a quarta maior do mundo.
Esse segmento representa 48,8% do PIB do Brasil e tem um grande potencial de crescer com a ascensão das classes D e E. O presidente da BB DTVM estima que cerca de 20% dos recursos sob gestão na indústria são oriundos de pessoas físicas e o restante está com investidores institucionais. Desse total, apenas 12% a 13% estão no segmento de varejo.
“O fundo é o produto para a classe média investir, o investidor pessoa física não tem condições de analisar ações ou um papel de crédito privado”, afirma Willian Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas.
O objetivo desse projeto é difundir a educação financeira e contempla uma série de palestras que têm como público-alvo estudantes de ensino superior e profissionais de mercado. A iniciativa deve se estender até 2013. “O investidor pessoa física ainda precisa ser alfabetizado na questão de investimento”, afirma Eid.
A FGV estuda desenvolver um projeto com alunos de ensino médio e fundamental, com a intenção não só de levar educação financeira para esse público, mas atingir também os pais.
Takahashi acredita que a capilaridade da rede agências pode ajudar na difusão das informações financeiras para a classe C. “Vamos dar continuidade a essa parceria com a FGV para levar a educação financeira a localidades onde o acesso é mais difícil.”
O mercado de fundos ainda é muito concentrado. Para se ter uma ideia, os cinco maiores bancos respondem por 72,5% dos recursos sob gestão.
Com a queda da taxa básica de juros, deve crescer o número de produtos atrelados à inflação ou com prazos definidos de acordo com o objetivo do investidor, como os fundos ciclo de vida, afirma Eid, da FGV.
Hoje a maior parte das alocações dos fundos está concentrada em títulos públicos, que respondem por 39,7% do total sob gestão. Eid vê um potencial de crescimento nos produtos com prazos mais longos, que aplicam em investimentos de maior rentabilidade, como papéis de crédito privado.
“O brasileiro ainda olha muito para a questão da liquidez e curto prazo. Mas esses produtos devem crescer e o investidor deve entendê-los”, afirma Takahashi, da BB DTVM.
Valor Econômico/JE
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