Desvalorização pode fazer faltar professores
Estado - Educação - Hora de Mudança
Foto:Divulgação
“Pode faltar professores daqui há alguns anos”, afirma João Vanderley Azevedo, presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) de Dourados. O sindicalista explica que se não houver uma maior valorização da educação, cada vez mais os jovens vão deixar de optar por seguirem carreira como professor.
Ontem, educadores das redes municipal e estadual aderiram ao dia nacional de paralisação e se reuniram na praça Antônio João, centro de Dourados, em protesto por melhores condições de trabalho. Entre as principais reivindicações (pauta nacional) estavam o investimento de royalties do petróleo e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação. Professores da rede estadual de ensino e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) também aderiram a paralisação.
Em âmbito regional, o Simted cobra piso salarial para 20 horas e inclusão dos trabalhadores das áreas administrativas no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR). “Vivemos um período em que nota-se grande desprestígio da profissão de educador, principalmente por causa das condições de trabalho como cargas horárias extenuantes, salários incompatíveis e falta de instrumentos que possam auxiliar no processo de ensino. Assim, notamos que cada vez mais os jovens preferem outras profissões, deixando o cargo de professor como segunda, terceira, quarta opção. Por este motivo, se nada for feito, logo não haverá mais profissionais qualificados disponíveis”, disse.
Entretanto, apesar desta situação, Vanderley lembra que ainda há tempo para uma virada de mesa. “Nos últimos anos, travamos batalhas duríssimas para que conseguíssemos manter alguns direitos, como um terço da hora atividade, por exemplo. Agora, estamos lutando por benefícios. As reivindicações são justas e quem tem a ganhar é a comunidade, pois a educação é principalmente ferramenta de transformação social. De nada adianta a cidade de Dourados ser reconhecida nacionalmente como um polo econômico, sendo que seus educadores não são tratados como deveriam”, afirmou.
Administrativos
A inclusão dos trabalhadores administrativos da educação municipal (porteiros, cozinheiras, secretárias, faxineiras e outros) no PCCR também é uma das lutas do Simted. Segundo José Antônio Osório, representante da classe, é hora de mudança. “Queremos ser reconhecidos como trabalhadores da educação, pois contribuímos para a manutenção da escola, dando todo o suporte necessário aos professores e alunos. Este reconhecimento traria nova motivação aos funcionários”, explicou Osório.
Campo Grande
Em Campo Grande, os professores da rede pública paralisaram as atividades na manhã de segunda-feira. Segundo o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), a categoria pede o cumprimento da Lei do Piso Nacional.
Segundo o sindicato, 80% dos professores da capital sul-mato-grossense estão parados. Cada escola tem autonomia para decidir se vai ou não aderir ao movimento nacional.
A categoria também reivindica mais investimentos na formação profissional, a aplicação dos royalties do petróleo na educação, urgência na votação do Plano Nacional de Educação (PNE) e protesta contra o reajuste do piso salarial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O protesto ocorre em diversos estados. A previsão é que a paralisação dure até quarta-feira (19) em várias capitais.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a capital sul-mato-grossense tem 94 escolas municipais com capacidade para 83.789 alunos e 96 Centros de Educação Infantil (Ceinfs), para 13,5 mil alunos.
A secretaria informou que das 94 escolas da Reme, 64 aderiram a paralisação e que a aula de hoje será reposta de acordo com o calendário escolar de cada instituição.
O Progresso/RMC
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