Nokia abraça o Android para ganhar mercados emergentes
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Foto:Divulgação
O primeiro grande anúncio da Mobile World Congress, feira de tecnologia móvel que acontece em Barcelona, já foi feito. Boatos que corriam há tempos afirmavam que a finlandesa Nokia (comprada pela Microsoft no ano passado) mostraria um aparelho rodando Android.
Dito e feito. Em Barcelona, a empresa mostrou a linha Nokia X. São três aparelhos: Nokia X, Nokia X+ e Nokia XL. Assim como era possível prever, os aparelhos combinam o visual conhecido da linha Lumia (que roda Windows Phone), com o sistema operacional do Google.
Os aparelhos da linha Nokia X aparecem para competir em um mercado que a empresa perdeu nos últimos anos, o de aparelhos mais baratos. Essa fatia de usuários vem sendo cooptada por empresas asiáticas como a Samsung e outras fabricantes chinesas, como a Xiaomi.
Por conta disso, os Nokia X serão vendidos no que a empresa chama de “mercados selecionados”. São eles países da região do Leste Europeu, Ásia, África e América do Sul. A empresa não pretende usá-los para aumentar as vendas em mercados desenvolvidos como a América do Norte ou Japão. Os novos aparelhos não são, definitivamente, competidores contra o iPhone ou o Galaxy S5 (que deve ser anunciado hoje às 16h, com cobertura ao vivo de EXAME.com). Esse papel fica para a linha Lumia.
Para atingir a fatia desejada de consumires, os novos Nokia X têm poucos recursos extras. Esqueça as câmeras de 41 megapixels que acompanham alguns Lumia. O modelo mais básico dos três novos será o Nokia X. Ele traz processador dual-core da Qualcomm e tela de quatro polegadas. A câmera do aparelho é de apenas 3 megapixels. O armazenamento interno é de 4 GB e ele tem 512 MB de RAM. O preço anunciado para ele é de 89 euros (em conversão, são 290 reais, mas não se sabe ainda por qual valor ele deve chegar ao Brasil). O Nokia X+ é basicamente o mesmo aparelho, apenas com um aumento de capacidade de armazenamento e de memória RAM. Seu preço é pouco mais alto. Ele sai por 99 euros, ou 320 reais, no mercado internacional.
O dispositivo mais potente entre os três é o Nokia XL. Ele é um pouco maior que seus dois companheiros. Vem com tela de cinco polegadas, câmera traseira de 5 megapixels e frontal de 2 megapixels. Segundo a fabricante, ele é indicado para o uso do Skype. Mesmo sendo o maior entre os três, seu preço ainda é baixo. São 109 euros, ou 350 reais.
Os três aparelhos vem com suporte para dois chips, fato que deve agradar a usuários que carregam cartões de diversas operadoras para pagar mais barato na hora de fazer ligações.
Em setembro do ano passado, foi anunciado que a Nokia seria comprada pela Microsoft. A fabricante já era e continuou sendo a principal empresa a usar o Windows Phone em seus aparelhos. Os rumores de que a Nokia iria lançar um aparelho com Android (um concorrente do sistema Windows Phone) eram curiosos. Segundo fontes, a Microsoft permitiu que eles fossem lançados, pois seria impossível rodar seu sistema em aparelhos com configuração mais fraca (o WP exige um aparelho mais poderoso).
Com o anúncio dos aparelhos, a rivalidade não passou em branco. A customização do Android aplicada pela Nokia fez com que o sistema ficasse muito parecido com o Windows Phone. Serviços do Google também foram retirados em detrimento de outros equivalentes da Microsoft. Mesmo a loja de aplicativos não será a Google Play, mas sim uma desenvolvida pela Microsoft.
Curiosamente, o release oficial da Nokia afirma que os novos aparelhos são capazes de rodar aplicativos Android ao invés de dizer que eles são dispositivos que rodam o sistema Android.
Todos os aparelhos virão com apps da Microsoft instalados. Entre eles o Skype, OneDrive e Outlook.com. A Microsoft deixou o orgulho de lado por uma questão de mercado, mas não perdeu a oportunidade de tentar deixar algumas de suas marcas mais fortes nesse caminho.
Mercados emergentes
Provando que a intenção é ganhar espaço em mercados emergentes, a Nokia também apresentou outros dispositivos ainda mais baratos. O Nokia Asha 230 é um aparelho que usa o sistema operacional Asha, da Nokia. Seu preço sugerido é de 45 euros, ou 145 reais, mas sem previsão para o Brasil.
A empresa ainda mostrou o Nokia 220. Um featurephone com tela de 2,4 polegadas e teclado físico. A Nokia define o aparelho como ideal para aqueles que querem “experimentar a mobilidade e a internet pela primeira vez”. O preço dele é de 29 euros, ou 93 reais, também sem previsão de preço final para o Brasil.
Exame/RMC
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