Foto: Brasil Econômico

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, teve alta de 0,70% em fevereiro, próximo da taxa de janeiro (0,67%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Para os dois primeiros meses do ano, a variação situou-se em 1,37%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,65%, perto dos 12 meses imediatamente anteriores (5,63%). Em fevereiro de 2013, a taxa havia sido de 0,68%.

Em fevereiro, o grupo educação teve alta de 6,05%, sendo responsável por 0,27 ponto percentual do índice. Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,65% e foram o item de maior impacto individual no mês, com 0,22 ponto percentual.

Com exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões os cursos situaram-se entre os 3,44% registrados na região metropolitana de Porto Alegre e os 11,72% do Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática), a variação foi de 5,93%.

Os artigos de residência, que subiram de 0,49% em janeiro para 1,17% em fevereiro e as despesas pessoais, que tiveram alta de 1,31% para 1,19%, apresentaram os maiores resultados de grupo após educação.

Os preços dos eletrodomésticos aumentaram 2,82% e tiveram forte influência nos artigos de residência, enquanto as despesas pessoais foram pressionadas pelos itens empregados domésticos, com avanço de 1,41% e cigarro, com acréscimo de 4,74%.

No caso do cigarro, o resultado refletiu parte do reajuste de 14% vigente desde 31 de dezembro, além do reajuste de 12% de 13 de janeiro para determinadas marcas e regiões.

O grupo alimentação e bebidas registrou expansão de 0,52% frente a alta de 0,96% em janeiro, tendo em vista que os alimentos consumidos no domicílio passaram de 1,01% para 0,25%.

Vários produtos importantes ficaram mais baratos, como a batata-inglesa, cujo preço caiu 10,66%, o tomate, com queda de 5,60%, o leite, com baixa de 5,07%, o feijão carioca, retração de 4,27% e o frango inteiro, que diminuiu 1,04%.

Entre as quedas, dois grupos se destacaram. O segmento de vestuário passou da alta de 0,59% em janeiro para baixa de 0,68% em fevereiro e transporte, que depois de subir 0,43% em janeiro, caiu 0,09% neste mês.

As passagens aéreas, com retração de 20,36%, exerceram o mais forte impacto para baixo no IPCA-15 do mês, com -0,11 ponto percentual.