Quinta-Feira 04/09/2025 16:05

MT e MS podem potencializar suas exportações, apontam especialistas

Estado - Exportação - Grandes da Exportação

Foto: G1 MS

Em 2013, Mato Grosso foi o maior exportador nacional em termos de receita, de soja em grãos, milho em grãos e o segundo do país em carne desossada e congelada de bovinos. Mato Grosso do Sul, segundo o mesmo banco de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), ficou no ano entre os cinco principais exportadores brasileiros dos três produtos.

De soja em grãos, por exemplo, dos US$ 22,805 bilhões de faturamento com a vendas internacionais do produto realizadas pelo Brasil, US$ 6,555 bilhões, o equivalente a 28,74%, vieram das operações realizadas por Mato Grosso e US$ 1,201 bilhão, cerca de 5,26 do total, de Mato Grosso do Sul.

No caso do milho em grãos, a participação dos dois estados foi ainda maior, conforme o Mdic. De uma receita de US$ 6,247 bilhões com as exportações do cereal no ano passado, 58,09%, o que representa US$ 3,629 bilhões, foram da produção mato-grossense e outros 6,95%, US$ 434,362 milhões, da sul-mato-grossense.

Apesar desses números, especialistas ouvidos pelo Agrodebate apontam que falta planejamento e investimentos, principalmente por parte do poder público, para potencializar ainda mais essas exportações.

“Estão ocorrendo avanços, mas em uma velocidade muito pequena e aquém da demanda. Prova disso é que os problemas de logística que registramos no ano passado no escoamento da produção agrícola, por exemplo, devem se repetir novamente este ano. Nos dois estados, a produção do agronegócio, que é responsável pela maior parte das exportações, é muito competitiva da porteira para dentro. Produzimos muito, com qualidade, sustentabilidade e preço, mas da porteira para fora, no momento de escoar essa produção, perdemos competitividade”, ressalta o consultor em comércio exterior Aldo Barrigosse.

Entre os entraves que dificultam um desempenho melhor ainda das exportações em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Barrigosse cita inúmeros fatores, desde a falta de espaço para armazenagem, o que faz com a que a produção tenha que ser escoada rapidamente e nem sempre no momento mais vantajoso para o produtor, até a falta de terminais portuários que funcionem 24 horas por dia, o que permitiria mais agilidade no descarregamento e depois no embarque dos produtos nos navios.

“São vários gargalos que precisam ser resolvidos e para isso se precisa olhar como um todo para o processo de exportação”, afirma.

O analista de mercado João Pedro Cuthi Dias, destaca que neste “todo” citado por Barrigosse, uma das questões que deve merecer uma atenção especial é o uso de vários modais no escoamento da produção. “Não pode um caminhão rodar mais de mil quilômetros transportando uma carga. É um frete mais caro e não se tem volume de caminhões para atender a demanda. Em razão disso se encarece o custo e se perde competitividade. Para percorrer grandes distâncias o caminho é usar outros modais, como a hidrovia e a ferrovia, que são mais baratos, e deixar os caminhões para trechos mais curtos”, destaca.

Cuthi ressaltou que o setor produtivo dos dois estados tem buscando alternativas para aumentar sua competitividade nas exportações e exemplos estão no escoamento da soja produzida na região de Dourados por caminhão até Maringá, no Paraná, para daí seguir de trem até o porto de Paranaguá e ainda o esforço feito pelos produtores de Mato Grosso para utilizar o porto de Itacoatiara, no Amazonas, em detrimento uso dos portos do sul e sudeste do país.

“Essas iniciativas e algumas ações pontuais do poder público mostram que as coisas vão acontecer, mas tem que ver a velocidade em que vão acontecer e o custo. No ano passado, os problemas portuários representaram um prejuízo de aproximadamente US$ 2 bilhões ao país e esse valor foi parar nas costas de quem produz. É um caminhão parado esperando para descarregar uma carga, que custa R$ 1 mil por dia, é um navio esperando para ser carregado no porto que custa de US$ 20 mil a US$ 30 mil por dia. Tudo isso é custo e quem produz é que acaba pagando a conta e perdendo competitividade”, concluiu.

O Agrodebate entrou em contato com a assessoria de imprensa do Mdic para falar sobre os gargalos  para potencializar as exportações, mas até o fechamento da matéria não obteve o retorno.

Anderson Viegas/Agrodebate/JE

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