Confrontos na Ucrânia matam 9 pessoas
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(Foto: Reuters)
Confrontos entre milhares de manifestantes contrários ao governo ucraniano e a polícia em Kiev nesta terça-feira, 18, deixaram pelo menos nove mortos: sete civis e dois policiais. Entre os feridos, estão 150 manifestantes, 30 em estado grave, e 47 policiais, informou o Ministério do Interior ucraniano.
No começo da noite (horário local), a polícia começou a dispersar os manifestantes da Praça da Independência, no centro da capital, usando três caminhões de água para destruir as barricadas construídas durante o dia. Os manifestantes reagiram jogando pedras e coquetéis molotov contra os policiais.
O governo fechou as estações de metrô e havia ameaçado restabelecer a ordem ao dar um ultimato para que os manifestantes encerrassem os confrontos com a polícia. "Se os distúrbios continuarem, não teremos outra alternativa a não ser agir mais de forma mais enérgica, nos veremos obrigados a impor a ordem por todos os meios que a lei permite", afirmou, em comunicado, o ministério.
O líder opositor Vitali Klitschkó, temendo uma ação mais forte da polícia, pediu que as mulheres e crianças deixassem a praça. "Peço que as mulheres e crianças abandonem o território. Não descarto a possibilidade de dispersão", disse antes da ação policial começar.
Segundo o médico opositor Oleg Musii, um dos manifestantes feridos precisou ter a mão amputada e alguns sofreram traumatismo craniano. "Um policial morreu quando estava sendo levado para o hospital. Segundo as primeiras informações, ele morreu por conta de um tiro no pescoço", afirmou o ministério.
Este foi o primeiro episódio de violência em Kiev em mais de três semanas. No começo da tarde, os manifestantes marcharam para o prédio do Parlamento numa manobra para manter a pressão sobre o presidente Viktor Yanukovich para que ele abra mão de parte dos poderes presidenciais.
Quando foram impedidos de avançar por uma linha de caminhões cerca de 100 metros antes do prédio, os manifestantes atiraram pedras na polícia. Dois coquetéis molotov incendiaram dois caminhões policiais. A polícia respondeu disparando bombas de efeito moral dos caminhões e do topo do prédio para tentar dispersar a multidão.
O presidente ucraniano enfrenta os protestos de rua liderados pela oposição desde que desistiu de um pacto comercial com a União Europeia em novembro e optou por estreitar os laços com a Rússia, que dominava a Ucrânia na era soviética. Líderes oposicionistas pressionam para que ele aceite restrições ao seu poder, o que permitira a eles formar um governo independente para encerrar os tumultos nas ruas, atualmente em seu terceiro mês, e salvar a economia do colapso.
Reações. Os EUA exigiram que o presidente ucraniano coloque um fim à violência em Kiev, advertindo que o uso da violência desproporcional "não resolverá a crise".
A Alemanha ameaçou aplicar "sanções pessoais aos responsáveis por um banho de sangue em Kiev". "Uma escalada da violência é a última coisa que o país precisa", afirmou o ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, em comunicado.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também pediu o fim da violência e a realização de um "autêntico diálogo" no país.
Estadão/V.H.
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