MS pleiteia R$ 152 milhões do PAC-3 para hidrovia
Estado - Desenvolvimento - Programa de Aceleração do Crescimento
A nova etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), já em preparo pelo governo federal, promete mudar o panorama hidroviário de Mato Grosso do Sul. O Estado tenta conseguir R$ 152 milhões para realizar obras na Hidrovia do Rio Paraguai, e acabar de vez com a insegurança nas pontes rodoviária e ferroviária de Corumbá e Porto Esperança.
Em 2011, por exemplo, um acidente entre um empurrador e a ponte rodoviária chegou a isolar Corumbá por seis horas, e foi alvo de investigação do Ministério Público Federal. O objetivo do investimento é reforçar a segurança das estruturas e evitar novos casos semelhantes.
Mesmo com início só em 2015, MS já pleiteia a entrada no PAC-3, que deve ser lançado em abril pela presidente Dilma Rousseff. A principal reivindicação é o investimento no trecho entre Corumbá e Porto Murtinho da Hidrovia do Rio Paraguai.
Com pelo menos 28 pontos de difícil navegação e necessitando de mais segurança em duas pontes, a verba do PAC, que seria empenhada e usada até 2019, e pode mudar o panorama logístico e dos transportes no Estado.
O objetivo é aumentar a navegabilidade da hidrovia, que hoje enfrenta problemas no período de seca, e reforçar o papel do Rio Paraguai no escoamento da produção sul-mato-grossense, em especial do minério de Corumbá.
As reivindicações foram apresentadas ao Ministério dos Transportes pela Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai).
“Fomos apresentar todos nossos gargalos, e ouvir o Ministério”, afirmou Marcos de Souza Martins, superintendente da administradora.
Segundo o material apresentado na quinta-feira em Brasília (DF), hoje a Hidrovia do Rio Paraguai tem 30 pontos críticos, 28 deles conhecidos como “paços”, trechos de difícil navegação em época de baixa no nível do Rio Paraguai.
Conhecido como “tramo sul”, o trecho entre Corumbá e Porto Murtinho é o de maior importância para a Hidrovia do Rio Paraguai, devido ao alto volume de embarcações, principalmente pelo transporte de minério.
Atualmente, o maior gargalo é a segurança das pontes rodoviária, em Corumbá, e ferroviária (Porto Esperança).
Em anos anteriores, colisões entre barcaças e as estruturas quase resultaram em tragédias maiores. Com a verba do PAC, a Ahipar pode instalar estruturas de segurança, conhecidas como “dolfim”, aumentar a segurança das pontes e ainda reduzir o tempo de transporte de mercadorias.
“Hoje, pelas regras da Marinha, um comboio com 16 barcaças, por exemplo, tem que parar na ponte rodoviária e desmembrar o comboio em grupos de quatro barcaças para poder atravessar”, explicou Martins. “Aí passa pela ponte rodoviária, navega cerca de 10 quilômetros, e tem que desmembrar de novo, para passar na ponte ferroviária, só esse trecho leva em torno de um dia e meio”, emendou.
Além do reforço na estrutura das pontes, os R$ 152 milhões do PAC serviriam para obras em 28 pontos onde existe a dificuldade na navegação em época de seca.
A verba, porém, não seria usada em um ano só, e sim investida até 2019, sendo empenhada em obras pontuais nas áreas mais críticas.
“Vamos esclarecer que não será uma obra intrusiva ao Rio Paraguai, e sim realizada aos poucos”, comentou Martins.
Licenças
Já na expectativa de ser contemplado no PAC-3, a Ahipar entrou com pedidos de licença ambiental junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais).
Para poder liberar o documento, que permite a realização de obras no tramo sul da hidrovia, o Ibama solicitou estudos técnicos, que já foram licitados pela administradora.
Enquanto o tramo sul segue sem licença ambiental, o tramo norte, que vai de Corumbá a Cáceres (MT), já possui a autorização e pode realizar as obras normalmente neste ano.
Famasul/V.H.
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