O trabalho em integração com demais órgãos é uma característica forte do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron), que conta com parceiros como a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal para o sucesso de sua atuação.

Segundo o inspetor Elbio Gonçalves, chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Pontes e Lacerda, o Gefron é um grupo que a sociedade reconhece pela qualidade do trabalho que vem exercendo na fronteira. “Temos um grande prazer em trabalhar em conjunto com o Gefron, que sempre apresenta resultado importante, principalmente no combate ao tráfico de drogas e ao furto e roubos de veículos”, falou.

O delegado titular da Polícia Federal de Cáceres, Leonardo de Souza Caetano Machado, destaca que o Gefron é um órgão de suma importância e parceiro do Departamento de Polícia Federal, especialmente da delegacia de Cáceres. “O Gefron auxilia o departamento no combate aos crimes transnacionais, sejam eles de evasão de divisas, tráfico de drogas, entre outros. O grupamento nos auxilia também em cumprimento de mandados de busca e apreensão e operações que são deflagradas pela Polícia Federal em combate a esses crimes na fronteira”, disse.

O primeiro comandante e criador do Gefron, coronel PM Leovaldo Emanoel Sales da Silva, destaca que o grupamento foi idealizado para atuar de maneira integrada com as demais forças de segurança.

Segundo o coronel, na época, há 10 anos, a ideia era criar um grupamento para atuar na fronteira, que era um espaço muito vulnerável, onde o crime tinha liberdade para agir. “Nessa região o tráfico de drogas e o tráfego de veículos roubados eram muito intensos, além de invasões de terras. E o Gefron veio para mudar essa realidade, na qual o crime operava com facilidade”, observou Sales.

“Quando começamos a operacionalizar as nossas patrulhas e ativamos nossos postos fixos, sabíamos que o resultado não seria diferente, que o crime estaria encontrando uma barreira muito mais eficaz no seu combate, e que trouxe uma transformação para região”, completou o ex-comandante.

Segundo Sales, a instalação do Gefron contribuiu não apenas para redução da criminalidade, mas principalmente para o desenvolvimento socioeconômico na região de fronteira. “Os fazendeiros que tinham deixado suas propriedades, desvalorizadas, voltaram para produzir e houve um desenvolvimento socioeconômico daquela região. Hoje o Gefron já é reconhecido a nível nacional. O Estado de Rondônia copia nosso modelo do Gefron e a Bolívia por várias vezes nos condecorou com títulos, porque mudamos também a realidade das cidades fronteiriças”, reforçou.

O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso na época, Benedito Xavier de Souza Corbelino, lembra que o Gefron foi criado após uma discussão nacional da necessidade de um investimento na segurança na fronteira, principalmente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre e Rondônia.

“Na época o Gefron foi considerado o melhor projeto de segurança na fronteira. Antes do Gefron não havia a mínima segurança na fronteira para os fazendeiros. Predominava a lei do caos e após a instalação do grupamento diminuiu consideravelmente o tráfico de drogas e a tranquilidade voltou na região”, pontuou Corbelino.

“Tenho acompanhado os avanços do Gefron e sinto orgulho em dizer que sou o criador desse projeto, que foi um alivio para a região da fronteira de Mato Grosso. O Gefron foi um investimento que deu muito certo e hoje é modelo para segurança pública de todo Brasil”, completou o ex-secretário.