Reforma trabalhista
Brasil - Pesquisa - Expectativa do Brasileiro
Costumo encarar pesquisas de opinião com cautela, mas não deixo de reconhecer sua utilidade, sobretudo quando realizadas com a mesma metodologia por várias vezes. Nesses casos, mais importante até que os dados em si são as tendências que apontam.
É o caso da pesquisa realizada sob o patrocínio da Confederação Nacional dos Transportes, divulgada na semana que passou. Algumas das questões são as mesmas há anos.
Em relação a vários assuntos, embora só tenham sido divulgados os dados de agosto do ano passado e os deste mês, a combinação evidencia uma coerência notável nas respostas dos pesquisados.
Assim, quando indagada a expectativa do brasileiro em relação à situação há seis meses em termos de emprego, renda mensal, saúde, educação e segurança, houve uma diminuição simultânea das respostas "melhorou" e "piorou" e um aumento dos que responderam "ficou igual".
O mesmo ocorre em relação às expectativas para os próximos seis meses. Um percentual menor acha que vai "melhorar" ou "piorar" e um percentual crescente acredita que "vai ficar igual".
Na minha opinião, os dados revelam que o brasileiro deixou de ser um otimista ingênuo e crédulo, sem se tornar descrente e pessimista em relação ao país. Isso é o confirmado por outra série de questões sobre a situação nos municípios.
Em todas elas cresceu o percentual dos que dizem que é boa, mas pode melhorar. Os resultados me provocam um comentário sarcástico: no estado a que chegamos, o brasileiro olha para o mundo e avalia que, hoje em dia, mais ou menos já está de bom tamanho.
A constatação do equilíbrio e da coerência por parte dos brasileiros, talvez com alguma complacência em relação ao desempenho dos responsáveis por políticas públicas, me faz encarar com uma seriedade especial as respostas dadas a uma questão particularmente delicada.
Indagado sobre o caráter prioritário de uma série de reformas (trabalhista, política, previdenciária, judiciária, tributária e agrária), os pesquisados em 2012 não apenas mantiveram a trabalhista no topo, como aumentaram a importância desta em relação às demais.
A combinação dos resultados da questão sobre reformas com as demais da pesquisa e com o que tenho observado pelo Brasil afora reforçam minha convicção sobre o tema e, me parece, endossam a tese defendida pelo PTB há bastante tempo.
Não há dúvidas de que a legislação trabalhista, a CLT, já não atende a uma série de características e necessidades da vida econômica nacional - e global. A pesquisa mostra que o brasileiro tem consciência disso. Mas o Brasil ainda é um país extremamente desigual.
Ainda ocorrem com espantosa frequência os casos de trabalho escravo (e não apenas nos grotões), assim como existem situações em que os próprios trabalhadores têm plenas condições de negociar condições de trabalho distintas das fixadas em lei, por outras com vantagens mútuas para ele e para seus empregadores.
O essencial é que, dada a importância da CLT e a natureza fundamental dos direitos do trabalhador para os destinos do Brasil, a ninguém - nem ao Congresso Nacional - assiste o direito de promover uma reforma sem a autorização expressa do povo brasileiro. A tese do PTB é que para que isso ocorra é necessário um referendo nacional.
brasileconomico.ig.com/KF
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