(Foto: Fiems)

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresentou crescimento de 19% em 2013 na comparação com 2012, saltando de US$ 3 bilhões para US$ 3,57 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. O avanço foi alavancado pelas exportações de celulose, com alta de 123%, de couros e peles, com elevação de 70%, de minérios, com salto de 31,1%, e de carne, com aumento de 19,2%.

Segundo o diretor-corporativo da Fiems, Jaime Verruck, os números apresentados pelas indústrias com relação às exportações demonstram que 2013 foi um ano extremamente favorável para o setor em Mato Grosso do Sul. "As vendas de produtos industrializados para o exterior fecharam em US$ 3,57 bilhões, montante dentro do estimado pela Unidade de Economia, Estudo e Pesquisa do Sistema Fiems. Com relação aos mercados para os nossos produtos, fica clara a diversidade dos destinos, pois temos da China, Japão e Vietnã, na Ásia, a Holanda, Itália e Rússia, na Europa, bem como Estados Unidos, Canadá, Chile, Argentina e Venezuela, nas Américas do Norte e Sul, e sem deixar de citar Arábia Saudita, Egito, Irã e Emirados Árabes, no Oriente Médio", exemplificou.

Jaime Verruck acrescenta também que nos próximos anos Mato Grosso do Sul tende a avançar ainda mais as suas relações comerciais com esses mercados já citados. "Para melhorar esse bom relacionamento comercial, neste ano a Fiems pretende promover missões empresariais aos principais países compradores de produtos industrializados no Estado, o que, com certeza, refletirá na balança comercial sul-mato-grossense", destacou.

Série histórica

De acordo com os dados do Radar Industrial, com receita equivalente a US$ 259,2 milhões, dezembro de 2013, registrou o melhor resultado já alcançado para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul. Quando comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 45 quebras de recorde nas receitas de exportação, o que equivale dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 75% das vezes.

Ainda conforme os dados do Radar da Fiems, é importante destacar que o desempenho observado em 2013 se deu sobre uma forte base de comparação, pois, nos anos de 2010, 2011 e 2012, as receitas totais da exportação de industrializados alcançaram US$ 2,28, US$ 3,02 e US$ 3 bilhões, respectivamente, indicando, deste modo, que no intervalo considerado a exportação de industrializados cresceu, em média, 11,8% ao ano.

Quanto à participação relativa, no acumulado do ano, o setor industrial foi responsável por 67,8% de tudo que foi exportado por Mato Grosso do Sul, enquanto na comparação entre os meses de dezembro de 2012 com dezembro de 2013 as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 83,7% de tudo o que foi exportado pelo Estado. Com relação ao volume, no acumulado do ano, o total alcançou 9,41 milhões de toneladas, indicando crescimento de 20,8% em relação à igual período de 2012, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 7,79 milhões de toneladas de produtos industrializados.

Grupos

Ainda conforme o Radar da Fiems, o desempenho observado teve como destaques as evoluções ocorridas, principalmente, nos grupos "Papel e Celulose", "Complexo Carne", "Extrativo Mineral" e "Couros e Peles", que proporcionaram um acréscimo, em receita, no comparativo com 2012, equivalente a US$ 1,07 bilhão, US$ 1,06 bilhão, US$ 450,79 milhões e US$ 163,6 milhões, respectivamente. No caso do grupo "Papel e Celulose", a expansão é resultado do início da atividade de uma nova planta de celulose, que dobrou a capacidade nominal de produção do Estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições.

Na primeira condição, observou-se que em relação a igual período do ano passado, são 15 novos destinos para os produtos do grupo "Papel e Celulose", proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 13,5 milhões. Em relação à segunda condição, países como a China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coréia do Sul aumentaram suas compras em US$ 308,4, US$ 156,9, US$ 70,1, US$ 41,4 e US$ 22,6 milhões, respectivamente. Quanto ao grupo "Complexo Carne" o avanço foi proporcionada pelo aumento das receitas obtidas com as carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos e outras miudezas comestíveis congeladas de bovinos que, somados, apresentaram um crescimento de US$ 173,7 milhões.

Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Hong Kong, Venezuela, Chile, Rússia, Egito, Emirados Árabes Unidos e Japão que, somados, geraram uma receita adicional equivalente a US$ 186,7 milhões. Já no grupo "Extrativo Mineral" a elevação observada se deu em função dos aumentos ocorridos no volume embarcado e preço médio da tonelada do minério de ferro. Em relação ao volume, em 2013, o total vendido ao exterior alcançou 4,76 milhões de toneladas, resultado 12,5% maior que o obtido em 2012, enquanto o preço médio da tonelada, na mesma comparação, apresentou variação de 8,91%, saindo de US$ 77,26 para US$ 84,14, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 73,6 milhões.

Adicionalmente, vale ressaltar o desempenho das exportações de minérios de manganês que, na mesma comparação, apresentaram elevação equivalente a 196,5%, resultando numa receita adicional de US$ 33,3 milhões. Em relação ao grupo "Couros e Peles" a elevação ocorrida foi em função do expressivo aumento nos embarques de outros couros bovinos e bubalinos, não divididos e úmidos, outros couros bovinos e bubalinos, divididos e úmidos e de couros bovinos inteiros "wet blue" tamanho igual ou inferior a 2,6m². Com o volume total em 2013 alcançando 47,9 mil toneladas, resultado 75% maior que o obtido em 2012, quando o total não ultrapassou as 27,4 mil toneladas, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 75,1 milhões. Quanto aos compradores, destacaram-se China, Itália e Hong Kong que geraram uma receita total equivalente a US$ 134,8 milhões.