Brics seguirão liderando crescimento da economia mundial, diz Mantega
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Durante participação em debate no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os Brics - grupo de potências emergentes na economia global, formador por Brasil, Rússia, Índia e China - continuarão liderando o crescimento mundial, mas que mudanças nos seus modelos de expansão terão de ser feitas.
“Não acredito que haja crise de meia-idade dos Brics. Diante da crise mundial, houve redução do volume de comércio, de demanda internacional. A economia mundial, os países avançados estão em vias de recuperação, ainda gradual, inicial. E, portanto, com esta recuperação, nós teremos uma reativação do comércio. O comércio crescia a um volume de 6% a 7% ao ano. Daqui para frente, o comercio voltará a crescer 4% a 5% . Os Brics continuarão liderando o crescimento da economia mundial. Mas, para, isso, precisam fazer mudanças nos seus modelos de crescimento”, afirmou.
O ministro citou o modelo de crescimento da China, que, segundo ele, precisa aumentar sua demanda interna e diminuir o nível de investimento. “A China sai de uma fase para outra com qualidade de crescimento. Não acho que voltará a crescer como em 2007, mas vai crescer. A Índia vai continuar crescendo também, mas não a 8%, 9%, mas poderá crescer 6%, o que já é um nível elevado para a economia mundial. Como é uma economia de renda baixa, haverá convergência de renda baixa para média.”
No caso do Brasil, as mudanças serão num sentido quase que inverso das mudanças da China, conforme afirmou Mantega. “Nós já temos um mercado consumidor avançado. Fizemos grande inclusão social, expandimos a classe média, reduzimos a pobreza. Nós temos um grande mercado consumidor. Para ativar esse comércio, falta crédito... hoje está escasso. O mais importante é que o investimento vai fazer a economia crescer.”
Mantega citou todos os programas de concessões de aeroportos, rodovias, portos, entre outros, realizados em 2013 e disse que a formação bruta de capital fixo cresceu 6,5% em 2013. “Investimento foi o que mais cresceu em 2013. Lançamos um programa de concessão de infraestrutura, vários leilões em 2013, com sucesso. E há mais leilões em 2014. É um grande programa de bilhões de dólares. Vamos continuar com um investimento se expandindo no Brasil, através de parcerias com o setor privado. Mais investimento, com consumo crescendo menos.”
Brasileiros querem a Copa
Questionado durante o debate sobre os gastos com a realização da Copa do Mundo – assim como foi o vice-primeiro-ministro russo Arkady Dvorkovich – Mantega disse que não foram bancados apenas pelo governo federal e que os investimentos para os jogos trarão melhorias necessárias e satisfação aos brasileiros.
“Os recursos estão sendo gastos na infraestrutura, são melhorias necessárias. Temos necessidade de mais metrôs, rodovias, meios de transporte. Só uma parte [dos recursos] está sendo investida na construção dos estádios. O governo está apenas dando financiamento. Porque são os estados ou a iniciativa privada que estão gastando. Haverá um benefício para a população. A população brasileira quer a Copa do Mundo no Brasil, segundo as pesquisas. Isso trará satisfação e benefícios por esse lado”, afirmou.
Aumento da meta de superávit
Após participar do debate, que reuniu membros da Rússia, Índia e China, o ministro Guido Mantega concedeu uma entrevista coletiva. Poucas horas depois de o Banco Central (BC) ter divulgado a ata do Comitê de Políticas Econômicas (Copom), que indicou a possbilidade de os juros seguirem em alta para combater a inflação, e de o IBGE divulgar o IPCA-15, que desacelerou em janeiro, Mantega disse, em resposta a jornalistas, que o controle da inflação será sempre uma prioridade.
"Não vi a ata do Copom ainda, mas vi o IPCA-15, que veio abaixo das expectativas. O Brasil tem controlado a inflação. Temos ficado abaixo do limite máximo das metas de inflação, e vamos continuar assim nos próximos anos."
Nesta quinta-feira, uma reportagem do jornal "Valor Econômico" afirma que a presidenta Dilma Rousseff avaliar aumentar a meta de superávit primário. Mantega se limitou a dizer, em resposta à questão de um jornalista, que não poderia antecipar qualquer anúncio de Dilma e que nem sabia se ela o faria.
G1/V.H.
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