Para Longen, prorrogação de PSI atende os interesses da indústria
Estado - Ações Coletivas - Interesses das Indústrias
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Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), linha do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica, atende aos interesses das indústrias de Mato Grosso do Sul. "Nós entendemos que a garantia de recursos disponibilizada pelo Governo Federal é sempre importante, mas fica difícil de aceitar sair de uma taxa de juros de 4% ao ano para 6% ao ano, ou seja, um reajuste de 50%. No entanto, levando em consideração uma taxa Selic de 10% ao ano, a elevação acaba ficando dentro de um patamar aceitável", avaliou o presidente a respeito do anúncio feito na última quarta-feira (11/12) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a abertura do 8º ENAI (Encontro Nacional da Indústria).
Sérgio Longen, porém, defende que a área econômica do Governo Federal precisa regular suas ações para que a redução fiscal aconteça de fato. "Não adianta ter à disposição dos empresários recursos para estimular a produção e aquisição de bens, se o Governo vai continuar com uma política de aumento de impostos para pagar a conta", pontuou. Pelo anúncio do ministro, as taxas para financiamento de ônibus, caminhões, bens de capital e pró-caminhoneiro passarão para 6% contra os 4% ao ano cobrados hoje, enquanto o financiamento à inovação terá elevação para 4% ante os 3,5% ao ano cobrados atualmente e a taxa do PSI para exportação será de 8% contra os 5,5% ao ano atuais.
"Mesmo com a elevação dos juros, as taxas ainda estarão bem abaixo da taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central. Atualmente, os juros básicos estão em 10% ao ano. O mercado financeiro espera uma nova alta em janeiro deste ano, para 10,25% ao ano. Isso [juros menores do que a Selic] permite que se faça investimento a custo baixo", declarou Guido Mantega, completando que em 2013 o PSI deverá despender cerca de R$ 80 bilhões com financiamentos de caminhões, máquinas, máquinas agrícolas e demais bens de capital.
O presidente da CNI, Robson Andrade, também demonstrou otimismo com a renovação do PSI. "É claro que a gente gostaria que o PSI ficasse no patamar de antes, mas, quando a gente vê as taxas em torno de 4% e 6%, elas são muito atrativas para o investimento, principalmente, considerando hoje uma taxa Selic de 10%", comentou. "Quando a gente compara uma coisa com a outra, o BNDES vai ter que ter muitos recursos para atender a demanda que certamente será grande", completou.
Novo ciclo
Ainda durante o ENAI, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse acreditar que a economia brasileira estará iniciando, em 2014, um novo ciclo longo de expansão, baseado, sobretudo, no aumento dos investimentos. Ele anunciou que, depois do recorde de outubro último, quando atingiu cerca de R$ 100 bilhões, a arrecadação tributária bateu novo recorde em novembro, com R$ 110 bilhões, resultado, em parte, da melhoria do faturamento das empresas. Tal cenário demonstra, na sua expectativa, sinais de recuperação da atividade econômica. "Poderemos estar no linear de um novo ciclo de expansão", assinalou.
Mantega baseou sua crença de retomada do crescimento em 2014 na expansão dos investimentos, que cresceram 6,5% nos 12 meses até outubro e serão impulsionados pelo programa de concessões à iniciativa privada em infraestrutura e pela exploração do campo de petróleo de Libra, e nos sinais de recuperação da economia internacional, tanto nos Estados Unidos quanto na União Europeia.
Alinhou ainda, entre outros fatores que impulsionarão a recuperação da economia, os efeitos da desoneração da folha de pagamentos, a inflação sob controle, uma situação fiscal confortável, a oferta de crédito para investimentos, com a prorrogação do PSI. Acrescentou ainda a queda na inadimplência, que pode reativar os empréstimos ao consumo, ora em retração, a manutenção do crescimento do comércio varejista, embora em níveis menores, e a safra agrícola recorde, superior a 183 milhões de toneladas.
Correiodecorumba/LL
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