TCE-MS presta homenagem a José Ancelmo
Estado - Homenagem - Serviços Prestados
Foto:Divulgação
O conselheiro vice-presidente José Ancelmo dos Santos recebeu homenagens durante a última sessão de 2013 do pleno do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS) e a última sessão de sua carreira. A homenagem contou com a apresentação de um vídeo sobre a trajetória do conselheiro e entrega de placa de agradecimento aos serviços prestados. José Ancelmo completará 70 anos em fevereiro de 2014 e, de acordo com a legislação, terá aposentadoria compulsória.
Os 15 anos devotados ao TCE/MS e os 50 anos trabalhados no serviço público renderam ao conselheiro muitos elogios de seus colegas. Os demais conselheiros e o procurador geral de Contas do Ministério Público de Contas se pronunciaram em homenagem a José Ancelmo.
Sobre a aposentadoria compulsória, três conselheiros se manifestaram afirmando que a lei não acompanhou a realidade do País. Para o conselheiro José Ricardo Pereira Cabral “Não se justifica, nos dias de hoje, a pessoa sair do serviço público com 70 anos, onde a expectativa de vida é muito maior do que era quando a lei foi elaborada”.
De acordo com Cabral, “falar sobre o José Ancelmo não é uma tarefa difícil. Até porque ele é uma unanimidade. Nelson Rodrigues diz que toda unanimidade é burra, mas essa afirmação não se aplica a José Ancelmo. Ele é uma unanimidade inteligente e ninguém discorda disso. José Ancelmo sempre manteve sua postura de coleguismo, bom amigo, sempre foi equilibrado e coerente. Nunca ouvi uma discordância sobre isso”.
Também o conselheiro Iran Coelho das Neves diz que a lei da aposentadoria compulsória “constrange não o conselheiro José Ancelmo, cujas potencialidades e disposição pessoal lhe permitiriam servir ainda por longos anos à sociedade sul-mato-grossense, mas, isto sim, constrange o Estado brasileiro por manter uma lei caduca que, em última instância, desconsidera a competência e pune a experiência”.
Sobre a trajetória de José Ancelmo, o conselheiro Iran Coelho acrescenta que “ao assumir as atribuições de Conselheiro, em 1998, Vossa Excelência enriquecia este Tribunal com o patrimônio de uma biografia construída em fecunda carreira profissional, e em invejável e exemplar vida pública que o guindara, por mérito e competência, ao comando das finanças estaduais”.
Já o conselheiro Waldir Neves conta que naquele momento estava vivendo um momento de frustração e emoção. “É frustrante lutar tanto pela aprovação da PEC 457 e no final não obter resultados. Não conseguimos que aprovassem a PEC 457. O que é prejuízo para o Estado e para instituição”. A aprovação da PEC 457 permitiria a aposentadoria compulsória de servidor público aos 75 anos.
O conselheiro Waldir finaliza seu discurso explicando porque também vive um momento emocionado: “Quero retratar aqui a minha alegria de ter conhecido o conselheiro e participado da vinda dele pra cá. Ele sempre foi generoso, equilibrado, tranquilo, carismático, querido. Nunca o vi dizer um não de maneira grosseira, sempre fez o máximo para atender a todos indiscriminadamente. Onde ele estiver vai ter amigos porque ele cultivou amigos por onde passou”.
A conselheira Marisa Serrano foi a primeira a discursar e destacou as qualidades de José Ancelmo, afirmando que ele tem sua capacidade profissional amplamente reconhecida. “Além da sua formação profissional profunda, sempre buscou o que o mundo exige procurando melhorar na carreira. De acordo com ela, se não fosse o fato de José Ancelmo ter viabilizado a construção da sede própria do Tribunal “talvez hoje não estivéssemos aqui dando loas às profundas mudanças implementadas nesta Corte de Contas”.
O conselheiro Ronaldo Chadid também falou sobre o sentimento de amizade que o conselheiro homenageado desperta: “o conselheiro José Ancelmo sempre foi amigo dos amigos, fez com que todos passassem a admirá-lo. Como julgador de contas públicas deixa aqui exemplo de retidão e coleguismo. Não se trata de uma despedida, de um adeus, o senhor estará sempre próximo da corte de contas. Aqui vossa excelência deixou amigos, legados e exemplos. Leva deste seu colega a maior admiração e o senso de reconhecimento pelas atuações no Ministério Público de Contas e no Tribunal de Contas”.
Sobre o trabalho de José Ancelmo, o procurador geral de contas do MPC/MS, José Aêdo Camilo, lembra que o conselheiro quando eleito presidente “fez pesquisa para saber se a população sabia qual a função do TCE e constatou que 98% das pessoas não sabia. José Ancelmo fez um trabalho para que o TCE e o MPC começassem a ser vistos pela sociedade e também promoveu a aproximação junto ao jurisdicionado imprimindo um papel educativo à atuação da Corte de Contas”.
O conselheiro vice-presidente agradeceu todas as palavras de seus colegas afirmando que não gosta muito da palavra despedida. Ele lembrou que contou com o apoio dos então deputados estaduais Cícero de Souza e Waldir Neves para sua nomeação como conselheiro. “Em 2002 tomei posse como presidente e consegui adesão do então governador José Orcírio dos Santos para construir este prédio, tendo ainda o respaldo do conselheiro José Ricardo que, na condição de secretário de Fazenda, não deixou que faltasse recursos para conclusão da obra. Hoje me considero um homem realizado”.
O conselheiro José Ancelmo finaliza com refletindo “se não acontecer nada daqui para frente, está bom demais. Sinto-me completamente realizado e privilegiado de chegar aos 70 anos tendo contribuído para o crescimento de meu Estado. Comecei como zelador de exatoria, passei no concurso público para fiscal de renda, fui nomeado secretário de Fazenda e, finalmente, escolhido para conselheiro, completando 50 anos de dedicação ao serviço público”.
O conselheiro presidente Cícero de Souza, contou que conheceu José Ancelmo há 45 anos, quando também atuou como fiscal de renda. “Adquirimos simpatia mútua. Ele consolidou a sua vida, sua família e foi angariando campos na vida pública chegando a secretário estadual de Fazenda” lembrou.
“Tive o privilégio de votar na assembleia em 1998 a favor da indicação de José Ancelmo para conselheiro. Ele angariou simpatia dos seus colegas e do governador para concluir a construção da sede própria do TCE/MS”. O conselheiro presidente encerrou as homenagens sintetizando: “José Ancelmo é um homem de bem que me ensinou muito quando assumi a presidência desta Corte de Contas”.
Folha de CG/RMC
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