Economia brasileira cresceu com anabolizante, diz TheEconomist
Brasil - Economia - Desempenho Econômico de Países Emergentes
De acordo com a publicação britânica, a crise no mundo financeiro foi interpretada como uma razão para manter um papel mais forte do estado na economia.
Em clima de Olimpíadas, a revista britânica TheEconomist diz que o desempenho econômico recorde de alguns países emergentes na última década teria sido “à base de anabolizantes”.
O artigo, publicado na edição desta sexta-feira e intitulado “A Grande Desaceleração”, faz uma analogia com o atletismo, dizendo que, diante do crescimento econômico dos Brics, os países emergentes se notabilizaram como “os melhores velocistas do mundo”.
Segundo a revista, a China “mal notou” as séries crises que fizeram “derrapar” os Estados Unidos e depois a Europa.
“Outras grandes nações desenvolvidas pausaram para respirar brevemente. Investidores apostaram pesado no crescimento rápido em mercados emergentes, enquanto líderes, de Pequim a Brasília, pregavam ao mundo as virtudes de seus modelos econômicos centrados no estado”, diz a revista.
Os recentes desempenhos decepcionantes de China e Índia são sinais de que os “velocistas” da economia mundial começaram a “ofegar”. “O Brasil virtualmente estagnou”, diz a revista.
É nesse contexto, fazendo um retrospecto do bom momento vivido pelos emergentes antes da nova realidade, que a revista faz a analogia com o uso de drogas que melhoram o desempenho esportivo.
“Uma dessas drogas foi o apetite da China por matérias-primas, que criou uma explosão que sobrecarregou muitos mercados emergentes”, diz o artigo.
No caso brasileiro, a droga usada teria sido “a oferta doméstica de crédito”, realizada em grande parte pelos bancos estatais.
A revista lembra que em 2010, o país foi forçado a reverter a política e aumentar os juros.
A publicação lamenta que a crise no mundo financeiro tenha sido interpretada como uma razão para manter um papel mais forte do estado: “No Brasil a empresa estatal petrolífera, Petrobras, e os bancos estatais têm se tornado subordinados às políticas governamentais”.
“Ter tamanha influência sobre a economia é realmente útil durante a crise, mas em ‘corridas longas’ vai sufocar a concorrência, secar o capital do setor privado, deter o investimento estrangeiro e o novo, e alimentar a corrupção”, defende o artigo.
A Economist ainda aconselha uma manutenção da disciplina macroeconômica e o retorno às reformas microeconômicas como uma preparação para a “maratona”, numa perspectiva de longo prazo.
IG Economia/DF
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