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Estudantes e professores do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) conquistaram 70% das premiações na III Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (FETECMS). O evento foi promovido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) entre os dias 21 e 25 de outubro, na Capital. 

Dos 60 prêmios, 44 foram destinados a projetos desenvolvidos nos câmpus Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas. Os quatro trabalhos credenciados a participar da 12ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) são de estudantes do Instituto.

Além do credenciamento para a FEBRACE, foram entregues medalhas para os primeiros colocados nas áreas Ciências Agrárias, Biológicas, da Saúde, Exatas e da Terra, Humanas, Sociais e Aplicadas, Engenharias e Linguística, Letras e Artes.
Os melhores banner, apresentação oral e diário de bordo também foram premiados. Os projetos foram avaliados por 100 profissionais de diferentes universidades do país.

"O IFMS mostra que uma equipe de bons professores é capaz de quebrar o mito de que o aluno é desinteressado. Basta ter qualidade e seriedade no ensino que conseguimos boa participação", afirma Ivo Leite Filho, coordenador geral da FETECMS.
Além do transporte, o IFMS ofereceu aos participantes da feira um auxílio para custear gastos com alimentação, hospedagem e para a confecção do banner.

FEBRACE - Organizada desde 2003 pela Universidade de São Paulo (USP), a FEBRACE busca estimular jovens cientistas com uma mostra de projetos desenvolvidos por estudantes de todo o país.
Dos quatro trabalhos do Instituto Federal credenciados para a próxima FEBRACE, dois são do Câmpus Campo Grande.

Sob a orientação de Márcia Coutinho e João Okumoto, o estudante Nicholas Peterle criou um dispositivo eletrônico que avalia a flexibilidade corporal, ajudando a prevenir lesões e problemas de postura. "A ideia é reduzir o tempo de avaliação e aumentar a precisão na medição", completa o aluno do IFMS.

Os estudantes Eduardo Silva Campos, Lucas Moraes e Pedro Otávio Rocha - também de Campo Grande - desenvolveram um sistema de previsão meteorológica que poderá indicar aos produtores rurais o melhor momento de plantio e colheita. O grupo criou um aplicativo para ser usado em alguns aparelhos celulares.

"Isso já é usado por grandes produtores rurais, mas é caro. Nosso objetivo é criar um produto mais barato e acessível para o pequeno produtor", explica Eduardo. Os estudantes foram orientados pelos professores Jiyan Yari e Celso Correia Souza.

Do Câmpus Aquidauana foi credenciado um projeto que busca reduzir o custo na construção de termocicladores, equipamentos capazes de quebrar a proteína para que seja feita a leitura de DNA. Até o momento, o protótipo custou apenas R$ 100,00.

"No futuro, queremos produzir o equipamento completo para leitura de DNA. O projeto já deverá evoluir para a participação na FEBRACE", comenta o orientador, Leandro de Jesus. O trabalho foi desenvolvido pelo estudante Luiz Fernando Borges. O coorientador é o professor Paulo Francis Dutra.
A estudante Aline Silva, de Ponta Porã, foi credenciada a apresentar as análises quantitativas e qualitativas sobre o tema sustentabilidade em artigos opinativos da revista

Dinheiro Rural. "Foi uma surpresa porque os eventos costumam privilegiar trabalhos de outras áreas e não os da linguística", comemora o orientador, Eli Castanho.

Na última edição da FEBRACE, o Instituto conquistou oito prêmios. Um dos premiados - o estudante Leonardo Lopes, de Nova Andradina - foi credenciado a participar da Feira Internacional de Ciências e Engenharias, nos Estados Unidos, em maio de 2014.