Lançado em 30 de maio de 1980, em Campos do Jordão, no interior de São Paulo, o projeto do veículo começou quatro anos antes quando, de acordo com a Volkswagen, e foi testado por 1 milhão de km em ruas e estradas do País.

O nome veio da necessidade de algo fácil, com identidade popular e que fosse sinônimo de sucesso, já que o carro teria a missão de substituir o consagrado Fusca.

Por isso, a escolha foi feita por algo ligado ao futebol e principalmente ao momento de maior êxtase em uma partida, o Gol.

O primeiro modelo possuía motor 1.3 l, movido a gasolina ou álcool, refrigeração a ar e tração dianteira.

Um ano após o lançamento, a montadora iniciou a produção do modelo sedã, o Voyage.

Em 1982, foram lançadas mais duas variações: a Parati e o utilitário Saveiro.

Após 14 anos do primeiro lançamento, em 1994, o Gol passou por sua primeira grande transformação.

O modelo G2 trouxe o motor com injeção eletrônica para todas as versões (exceto o 1.0 l carburado, que só deixou de ser fabricado em 1996).

O design em formato arredondado rendeu o apelido popular de ‘bolinha’.

O G3, lançado em 1999, apresentou novidades ao mercado brasileiro.

A versão 1.6 Total Flex, de março de 2003, foi o primeiro carro popular do País a contar com a tecnologia bicombustível.

A quarta geração do modelo, ou G4, foi lançada em 2005, contava com um design circular nas lanternas traseiras e um novo aerofólio traseiro.

A geração cinco, conhecido também como Novo Gol, foi bastante reformulada.

Além do novo design, bem diferente das outras, o motor posicionado transversalmente aumentou o espaço interno para os ocupantes.

Esta versão foi lançada em 2008 e já vendeu 636.199 unidades até maio de 2011.

De acordo com o consultor automotivo Olivier Girard, a receita para o maior número de vendas diante de seus principais concorrentes, como o Uno, o Palio e o Corsa, foi a associação de diversas estratégias.

“O Gol sempre teve uma tecnologia boa e sempre foi confiável, diferente de alguns carros da Fiat, por exemplo, além disso, a Volkswagen conta com uma grande rede de distribuição e apesar das inúmeras mudanças, o veículo nunca saiu de linha”, afirmou.

Prova de que o carro caiu no gosto da família brasileira é a fidelidade de seus donos.

A do professor de Educação Física Fernando Fonseca sempre preferiu o carro da Volkswagen.

Durante toda sua infância, seus pais e seu avô tiveram seis carros da marca.

Viagens, festas e aventuras sempre ocorreram em companhia dos carros. Foi justamente o primeiro Gol que o fascinou desde a infância.

“Quando eu tinha 10 anos, minha mãe comprou o GT 1.8, preto e eu ficava muito tempo nele, mexendo, ali já começou meu gosto ”relembra Fonseca.

Um dos motivos de Fonseca ter tido tantos carros do mesmo modelo foi a facilidade de se vender, segundo ele.

“Sempre que coloquei um Gol à venda para comprar outro, sempre saiu muito rápido, ele não demorava nem uma semana para ser vendido”, afirma ele, que hoje possui um Novo Gol 2005 e um GTS 1991.

Embora o sucesso seja traduzido em número, o Gol não escapa de críticas.

Apesar de todas as mudanças no líder de vendas, ele sempre foi marcado por um acabamento interno de menor qualidade, ‘menos caprichado’ que os concorrentes, por isso não conseguiu atrair quem procura luxo ou um pouco mais de sofisticação, diz Girard.

Agora vejam as imagens (Divulgação):

1980 - Gol geração I

1981 - Gol GT 1.8

1984 - Gol GT 1.8

1987 - Gol GTS 1.8

1989 - Gol GTI

1992 - Gol GTS

1994 - Gol GTI 16V 2.0

1996 - Gol i 1.0

1997 - Gol Star

1998 - Gol CL à Gás

1999 - Gol Geração III

2002 - Gol 1.0 16V

2003 - Gol Total Flex

2010 - Gol Trend G4

2010 - Gol 1.6 Power G5

2010 - Gol Power I Motion

2011 - Gol Ecomotion G4