O primeiro trimestre de 2011 atingiu maior número de fusões e aquisições desde 2003.

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O dado consta na pesquisa da KPMG no Brasil, divulgada nesta segunda (11), e representa o melhor resultado para o período desde que a pesquisa começou a ser realizada.

Segundo o levantamento, foram 167 transações, crescimento de 4% sobre o mesmo período de 2010.

As empresas brasileiras lideram o processo de aquisições, onde as transações domésticas (de empresas brasileiras que adquirem outras empresas nacionais) predominaram, e chegaram a 82, contra 88 de janeiro a março do ano anterior.

O processo de internacionalização das empresas brasileiras diminuiu.

Foram nove transações de brasileiras adquirindo empresas estrangeiras no exterior, o que representa 44% a menos do que os 16 acordos registrados no primeiro trimestre de 2010.

As operações de empresas brasileiras adquirindo empresas estrangeiras no Brasil tiveram queda de 31% na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o do ano passado. Em 2011 foram 11 transações e em 2010, 16.

Estrangeiras

Quem puxou efetivamente o número recorde foram as atividades de fusões e aquisições das empresas estrangeiras.

Nos três primeiros meses deste ano, foram 34 transações de empresas de capital estrangeiro comprando empresa de capital brasileiro estabelecida no Brasil. O número é 62% maior do que o registrado no mesmo período de 2010.

Entre as empresas estrangeiras que adquiriram outras empresas estrangeiras que atuavam em território brasileiro, foram 28 transações, 47% a mais do que no mesmo período de 2010.

Países e setores

Levando em conta o país de origem das empresas estrangeiras que adquiriram empresas no Brasil, destaque para as norte-americanas, que totalizaram 27 transações, seguidas pela França, com cinco transações, Alemanha com quatro e Reino Unido com três.

Na avaliação por setores, o que apresentou maior número de transações foi o de tecnologia da informação, com 22 transações, seguido por empresas de serviços, com 13, e imobiliário, 11. Telecom e mídia e o setor de alimentos, bebidas e fumo tiveram nove e oito transações, respectivamente.

Mesmo com o recorde para o primeiro trimestre, o primeiro resultado de 2011 é 14% inferior ao último trimestre de 2010. Na ocasião, foram 167 transações nos três primeiros meses deste ano contra as 195 de outubro a dezembro.

Para o sócio da KPMG, Luís Motta, o resultado indica uma manutenção do cenário aquecido de fusões e aquisições no País.

“O primeiro trimestre costuma ser o mais fraco do ano e apesar da redução de 14% em relação ao quarto trimestre de 2010, o recorde atingido nestes primeiros três meses apontam para mais um ano de forte movimentação de Fusões e Aquisições entre as empresas. O cenário interno favorável está fazendo com que o Brasil seja foco de investimento de estrangeiros. Além disso, a retomada dos IPOs também poderá ser um fator impulsionador para esta movimentação em 2011”, destaca.