Foto: Rachid Waqued

Secretários e técnicos do governo do Estado, universidades e sociedade civil organizada se reuniram hoje (17) à tarde com o secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, do Ministério da Integração Nacional, Marcelo Dourado,no auditório da Governadoria, em Campo Grande. A reunião é apenas uma etapa da agenda de visita do secretário que vai sobrevoar municípios de Mato Grosso do Sul onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é baixo para propor ações de desenvolvimento regional.

“O objetivo primeiro é ouvir o setor produtivo, os atores políticos, a comunidade em geral, a sociedade civil organizada para saber quais são os problemas que atingem o Estado e a gente pensar em planejamento estratégico indutor do desenvolvimento regional, não só aqui, mas nos quatro Estados que compõem o Centro-oeste, principalmente com a volta da Sudeco [Superintendência do Desenvolvimento Sustentável do Centro-Oeste]”, explica Marcelo Dourado.

De acordo com Marcelo Dourado, a Sudeco terá uma tarefa muito importante para definir o desenvolvimento regional, mas que precisa da união de todos. “Só teremos sucesso se este trabalho for coletivo com o governo federal, Estados, municipios, entre outros. Vamos começar formatar este projeto do governo federal de combate à pobreza, por isso que vou visitar os municipios mais carentes do Estado”, informou.

Com a visita “in loco”, o secretário afirma que é possível ouvir as demandas, discutir a questão social, econômica que envolve o desenvolvimento do Estado e “em comum acordo definir o Programa de Erradicação da Miséria Absoluta, no prazo de quatro anos que já foi definido pela presidente, Dilma Roussef e o ministro Fernando Coelho. Essa é a grande bandeira de desenvolvimento regional”, afirma.

Marcelo Dourado disse que ficou satisfeito com a reunião de hoje. “Encontrei pessoas motivadas, que acreditam que é possível a gente mudar a realidade sócio econômica do Estado e podendo gerar renda e riqueza para todos. Agora vou visitar os municipios mais carentes e vamos pensar o que o Estado precisa fazer para melhorar as condições de vida da população, no que se refere à justiça social, segurança alimentar, trabalho, renda, cultura, etc”, disse.

 O secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste revela que o objetivo é atuar num curto espaço de tempo. “A gente quer atuar mais rápido possível, porque os problemas de ordem social são sérios, mas o norte já esta definido para o governo federal que é o programa nacional no efetivo combate à miséria. Em Brasília se discute que até o final de março teremos a formatação final deste programa, então a definição da ação efetiva dos governos deve começar a partir de abril com definições orçamentárias dos programas macro indutores”, revelou. Os resultados já deverão ser vistos no prazo de um e dois anos.

MS

Para a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa, o Estado têm muito para buscar junto ao Ministério da Integração Nacional. “Temos toda a política de fronteira e temos que acabar com as desigualdades regionais. Com essa nova visão da Secretaria Nacional do Centro-oeste podemos ter projetos conjuntos para diminuir essa deficiência regional”, comenta.

Um dos projetos, de acordo com Tereza Cristina é o do leite para a agricultura familiar. “Vamos trazer esse pessoal para a produção que é um projeto que democratiza muito a renda porque 90% dos pequenos produtores estão na área de leite e se melhorar essa tecnologia, eles podem ter uma renda muito melhor”, explica. A secretária informa ainda haverá sobrevôo em algumas aldeias indígenas e assentamentos para conhecer a região de fronteira. “Em cima disso vamos trabalhar políticas adequadas para essas regiões. Vamos discutir o setor produtivo, o FCO [Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste], a nova agência de desenvolvimento e a Sudeco”, concluiu.